O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, voltou a afirmar que, caso Campo Grande continue com isolamento social baixo e número de casos de coronavírus aumentando, o lockdown será necessário. O titular participou de live da Comissão Especial da Câmara Municipal de Campo Grande nesta quarta-feira (22).

“A situação aqui é de extrema gravidade, a doença avança em velocidade extrema. É como subirmos no elevador em poucos segundos do térreo ao 50º andar. Se não tivermos isolamento melhor, se persistir, vamos ter que ter o lockdown“. Resende reforçou que medida neste sentido cabe aos prefeitos de cada município, já que indicações como essas, por parte do Estado, são recomendações.

Ainda durante a reunião, o secretário citou a ativação de leitos na Capital desde o início da pandemia, entre os hospitais públicos e particulares. Contudo, o esforço pode ser em vão se a taxa de isolamento social continuar baixa. Campo Grande não chega nem a 50% de adesão, apesar de decretos editados com restrição de circulação.

“Há decisão da administração municipal [de Campo Grande] por medidas rigorosas. Mas, se não surtir efeito, vamos ter de chegar a medidas mais duras, desde que tenhamos a responsabilidade de entender que é melhor fechar determinadas atividades do que abrir covas nossa gente”.

Contudo, para o prefeito Marquinhos Trad (PSD), não adianta fechar totalmente a cidade se os 34 municípios localizados próximos à Capital não fizerem o mesmo e continuarem com pessoas se infectando. Pacientes de localidades como São Gabriel, Rochedo, Sidrolândia, buscam tratamento em Campo Grande, em alguns casos. Segundo Marquinhos, só ontem 5 pessoas vieram do interior em busca de atendimento.

Para frear o avanço do vírus, Campo Grande está sob decreto que impede abertura para atendimento no local de comércios considerados não essenciais, aos fins de semana, até 31 de julho.