Desde meados de julho, o Pantanal está queimando e a estimativa é que área destruída pelo fogo chegue a 1,45 milhão de hectares. Os deputados estaduais pediram nesta terça-feira (15) medidas mais enérgicas do Governo Estadual e Federal no combate ao incêndio e punição para quem atear fogo para limpar pasto. 

A Casa de Leis deve realizar uma Audiência Pública e convocar o MPMS (Ministério Público Estadual), PMA (Polícia Militar Ambiental), Ibama e IAHP (Instituto Homem Pantaneiro) e Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente). A reunião ainda não tem data marcada.

Cabo Almi (PT) disse ser necessário o envio de militares do Exército para ajudar no combate ao incêndio. “É preciso o envio de toda ajuda possível para acabar com o fogo, que já dura mais de 120 dias”.

Segundo (PT), há suspeita de que os incêndios foram provocados por pessoas que quiseram limpar o pasto. “Há essa suspeita levantada pela Polícia Federal e sabemos que tem provocado destruição da mata nativa em grandes proporções”.

Kemp disse ser necessário a Casa de Leis solicitar providências mais enérgicas por parte do Estado e União para apurar a responsabilidade. “O Governo Federal enviou 160 homens para fazer o combate, mas o contingente do Exército é grande, pode ajudar com isso”.

Assim, o presidente da Alems Paulo Corrêa () convocou uma reunião com o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Lucas de Lima (SD) para articular a Audiência Pública. 

Corrêa afirmou ainda que não existe previsão na lei de punição para quem coloca fogo no pasto. “Temos que estudar sim como combater essa prática arcaica e de produtor folgado. Isso não é certo, colocar fogo para diminuir trabalho. Se não tem legislação para punir quem faz isso, vamos ter que criar”.

O deputado corumbaense Evander Vendramini (PP) afirmou que se providências não forem tomadas, a queimada no próximo ano será pior. “Ano passado o Pantanal queimou e muito, mas veio a e nada mais foi falado. Esse ano a seca está castigando e o fogo passou de uma fazenda para outra e ficou incontrolável”.

Segundo Vendramini, o Prevfogo do Ibama tem apenas 15 funcionários para combater os incêndios. “Eles com bomba de água nas costas não conseguem combater as chamas, isso não adianta. Pessoas que cometem crimes contra a natureza precisam ser punidas”.