Ex-presidente da Câmara Municipal e vereador afastado de Dourados, o tucano Idenor Machado se tornou réu acusado de destruir provas que baseariam a Operação Câmara Secreta, deflagrada em 2011 para apurar esquema fraudulento de aquisição de empréstimos consignados por parte de servidores públicos na Casa de Leis.

A denúncia, feita pelo MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em dezembro de 2017, foi aceita no início de março. A ação pede a reparação de danos morais coletivos e multa, fixada no valor de R$ 669 mil, conforme divulgado pelo Dourados News. O golpe consistia em falsificar holerites para fazer empréstimos consignados que não eram pagos.

Nela, o promotor de Justiça Ricardo Rotunno acusa Idenor Machado de ordenar a exclusão de dados do sistema de informação de modo a impossibilitar o acesso do MP-MS às informações que supostamente comprovariam a prática dos crimes apurados na ação.

Á época, outras figuras públicas foram alvos, entre elas os então colegas de bancada Sidlei Alves e Junior Teixeira, além de assessores parlamentares e servidores da Casa, que também acabaram presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A ação por improbidade administrativa tramita na 5ª Vara Cível de Dourados

Idenor está preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), desde dezembro passado, quando descumpriu ordem judicial e visitou a Câmara. Apesar de tornar-se réu, ele deve ganhar liberdade ainda nesta quarta-feira (13) graças a habeas corpus concedido pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).