A ministra (DEM) assinou, nesta sexta-feira (25), dois protocolos sanitários para a exportação de carne termoprocessada e de farelo de algodão para a e afirmou que o Brasil tem muito mais a oferecer que e carnes. Desde o último final de semana ela cumpre agendas no país asiático e na quinta-feira (24) se juntou à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“A conclusão desses dois acordos é um sinal claro à comunidade internacional de que o Brasil está aberto ao mundo, em prol do livre comércio”, disse a ministra. “Queremos continuar como o principal fornecedor de alimentos para a China, mas podemos oferecer muito mais do que soja e carnes”, afirmou, ao participar de seminário sobre comércio entre Brasil e China, em Pequim.

Segundo informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, os acordos foram assinados com a GACC (Administração Geral de Aduanas da China). Eles estabelecem requisitos para permitir a exportação dos dois projetos do Brasil à China. Os protocolos servem para evitar o ingresso de pestes ou pragas ao país importador seguindo critérios científicos.

Objeto do acordo, a carne termoprocessada é aquela submetida a processos térmicos. Em 2018, o Brasil exportou US$ 557 milhões em carne bovina processada e a China importou US$ 25 milhões do produto. O outro produto previsto nos protocolos é usado como ração animal e tem exportação ainda incipiente no Brasil. No ano passado, a China importou US$ 4 milhões em farelo de algodão.

Ministra assina acordos com a China e diz que Brasil pode oferecer muito mais
(Divulgação Mapa)

Do total de US$ 31 bilhões em produtos agropecuários do Brasil exportados para a China em 2018, quase 88% foram soja em grão, conforme o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em segundo lugar está a carne bovina, com 4,7%. Somando ambos – soja e carnes – eles representam 96% dos produtos agropecuários vendidos aos chineses.

“Considerando a diversidade da agropecuária do Brasil e os US$ 140 bilhões em produtos agrícolas importados pela China de todo o mundo, vemos claramente que há muito espaço para ampliação das nossas relações comerciais, não apenas em volume, mas também em variedade”, afirmou a ministra.