Com a possibilidade de não incluir os estados e municípios brasileiros na Reforma da Previdência, segundo estuda a equipe econômica do Governo Federal, deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, acreditam que desmembrar a reforma não seja uma boa ideia para as federações.

O deputado Pedro Kemp (PT) lembrou de quando foi votado a reforma previdenciária na Assembleia Legislativa, dois anos atrás. “Teve tropa de choque, cavalaria dentro do plenário. Os servidores vão reagir se vier para cá a reforma”, citou.

Em novembro de 2017, tinha sido aprovado em 1º votação pelos parlamentares, que servidores ativos terão descontados 14% dos salários só a partir de maio de 2020, mas a partir de maio de 2018, o desconto, que era de 11%, já subirá para 12% e para 13% a partir de maio de 2019.

Os servidores foram para Assembleia e Governadoria, e a tropa de choque e cavalaria da Polícia Militar, interveio com bombas de efeito moral.

Com essa possibilidade de desmembrar a Reforma, Kemp considera bom. “Acho bom, temos que discutir a realidade do nosso estado. Aqui foi feito uma parte da reforma. Foi aprovado o aumento da alíquota para quem ganha acima do teto da previdência e aprovou a previdência complementar que o governador está negociando em São Paulo. Eu sou favorável que venha para cá, que seja desmembrado do projeto da reforma da previdência”.

José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), acredita que não deva desmembrar a reforma. “Nesse momento em que se discute a reforma, se faz enquanto nação, se faz com estados e municípios. Hoje conta com adesão de governadores e prefeitos. Penso em que se discute nacionalmente, tem que abranger os estados nesse contexto”.

Barbosinha disse ainda que se acontecer isso, será um atraso. “É só analisarmos a travada no . Penso que do ponto de vista, a reforma da Previdência é uma necessidade pelo que país atravessa, mandar para os estados e municípios é um atraso”.

Na avaliação de Eduardo Rocha (MDB), é preciso aprovar tudo junto. “Tem que fazer tudo junto, união, estados e municípios. Não é só Mato Grosso do Sul que está quebrado, é o Brasil inteiro”.

Rocha afirmou que a polêmica começou com o governo do . “Não estão nem ai com nada. Acho que deve votar o pacote inteiro e não travar uma guerra em cada estado e município, mas quem discute isso, são os deputados federais”.