Maia espera ter votos suficientes para aprovar reforma da Previdência em 2 meses
Presidente da Câmara se encontrou hoje com o ministro da Economia (Foto: Agência Câmara Notícias)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) estiveram reunidos nesta terça-feira (5) para discutir sobre a votação da proposta de Social, que ainda será encaminhada para a Casa. O parlamentar espera que em dois meses eles já tenham conseguido número suficiente para a aprovação do projeto.

A reforma será feita por meio de uma PEC (Proposta de emenda à Constituição) e por este motivo é necessário o apoio de, no mínimo, três quintos dos deputados para que o texto seja aprovado e enviado ao Senado

“O nosso problema é garantir em dois meses que a reforma tenha 320, 330 votos a favor. Esse é o nosso desafio que a gente começa a trabalhar hoje e a gente espera com apoio de prefeitos e governadores para construir um texto que atenda a todos os poderes”, afirmou o presidente da Câmara para Agência Câmara.

Na conversa com jornalistas ao final da reunião, Maia afirmou que para a aprovação do texto será importante o diálogo entre todos os partidos, incluindo a oposição e o respeito ao Regimento da Casa. Para o parlamentar, outro ponto que pode ajudar a conseguir votos é o apoio popular.

“O problema da reforma não é a reforma, são as mentiras que se falam sobre a reforma. É não deixar que algumas corporações trabalhem com informações falsas”, declarou.

Rodrigo Maia informou ainda que não teve acesso ao texto a ser encaminhado pelo governo à Câmara, mas defendeu que a proposta está sendo feita de forma correta para garantir a retomada do investimento e da geração de empregos.

“O importante é que teremos uma reforma estruturante que vai dar condições para que o Brasil volte a crescer. Eu aposto com vocês que, se o Brasil aprovar a reforma, vai crescer nos 12 meses seguintes mais de 6%”, previu.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não quis antecipar detalhes da proposta, mas afirmou que o texto ainda precisa passar pelo aval do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Porém, segundo Guedes, a expectativa é que a reforma garanta uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos. (Com assessoria)