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Política

Ideal seria exportar livremente, diz Tereza Cristina sobre Lei Kandir no Congresso

“O ideal era que não se tivesse imposto nenhum e se pudesse exportar livremente”, defendeu a ministra da Agricultura Tereza Cristina, em agenda partidária na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta sexta-feira (27), em relação às discussões sobre a Lei Kandir em curso no Congresso Nacional. Apesar da perspectiva de cenário ideal, […]
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Ministra Tereza Cristina em agenda no gabinete do deputado estadual Barbosinha. (João Garrigó
Ministra Tereza Cristina em agenda no gabinete do deputado estadual Barbosinha. (João Garrigó

“O ideal era que não se tivesse imposto nenhum e se pudesse exportar livremente”, defendeu a ministra da Agricultura , em agenda partidária na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta sexta-feira (27), em relação às discussões sobre a Lei Kandir em curso no Congresso Nacional.

Apesar da perspectiva de cenário ideal, Tereza Cristina admite que os estados não conseguem sobreviver quando a união não devolve os valores de compensação aos Estados. “Os governadores precisam de dinheiro. Os produtores vão trabalhar contra isso porque já tem uma posição da Frente Parlamentar Agropecuária contra o pagamento de nesses produtos de exportação”, adiantou, em relação às discussões.

“Eu como ministra da Agricultura e defensora dos produtores rurais digo que não será bom a cobrança desse imposto pra gente poder exportar os nossos produtos. Nós seremos menos competitivos com certeza”, teme. Para ela, será preciso que deputados federais e senadores encontrem um ‘meio termo ou até uma regra de transição’ para resolver o impasse entre estados exportadores e o , que já se arrasta há cerca de 20 anos em relação à lei que regulamenta as isenções de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Entre as propostas defendidas por deputados, está a da extinção da lei. Conforme Tereza Cristina, a discussão é muito complexa por se tratar não apenas dos produtos agropecuários, mas todos os de exportações. “A Lei Kandir é um assunto muito polêmico. Os estados como o nosso que são produtores de produtos primários acabam sendo realmente impactados porque a gente não recebe, a lei Kandir não vem dando de volta o que os estados precisam. A gente exporta e não tem a contrapartida”, comentou.

Em Mato Grosso do Sul, a estimativa é que o Estado tenha a receber R$ 13 bilhões em recursos a título de compensação pela lei. Em contrapartida, deve cerca de R$ 8 bilhões para a União, que geram mensalmente R$ 50 milhões em juros. Há quem defenda, inclusive, que sejam abatidos os valores e MS ainda fique credor do Governo Federal em R$ 5 bilhões.

Entraves

A ministra da Agricultura destacou que é preciso ainda ver como o Congresso irá analisar o acordo feito pelo Ministério da Economia com os estados que se estes abrissem mão do passivo do passado, o Governo extinguiria a lei e eles passariam a cobrar imposto sobre seus produtos.

Ela lembrou da dificuldade a estados exportadores de produtos primários em ‘exportar imposto’, pois isso diminui a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. “Tenho conversado no senado com o pessoal que esta fazendo a Lei Kandir, com o senador [Antônio] Anastasia que é relator, e a gente tem discutido um pouco pra ver como ela pode não impactar as exportações, mas também não prejudicar os estados como o nosso que são exportadores de produtos primários”, disse a ministra. 

Nesta semana, ela deve ouvir técnicos do Ministério da Agricultura que têm acompanhado as discussões, que estão em fase final de elaboração de relatório. “Mas é um assunto super polêmico, um assunto que não vai ser resolvido facilmente”, adiantou.

Compensação de ICMS 

Em vigor desde 1996, a Lei Kandir prevê isenção de ICMS aos produtos e serviços destinados à exportação. Com isso, os estados acabam acumulando perdas que, em tese, deveriam ser compensadas pela União. Em MS, as perdas econômicas são ainda maiores considerando a grande produção de grãos e o aumento das exportações a cada ano. Com a isenção, a dívida de ressarcimento da União sobre os produtos fica cada vez mais alta.

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