Sob olhares atentos das autoridades, a Câmara Municipal de – distante 225 km de Campo Grande – retomou as atividades nesta segunda-feira (7). Pedidos de cassação de vereadores presos nos últimos meses, entretanto, só serão analisados pela presidência da Casa de Leis em fevereiro, após o recesso parlamentar.

Quatro suplentes foram empossados, depois que os eleitos tornaram-se alvo de operações contra corrupção e fraude e foram presos. Caberá ao novo presidente, vereador Alan Guedes (DEM), dar seguimento aos pedidos de cassação recebidos pela Câmara contra os parlamentares afastados.

Depois de operações contra corrupção e suspeitas de fraude em licitações, foram afastados pela Justiça os vereadores Denize Portolann (PR), aliada da prefeita Délia Razuk (PR), Idenor Machado (PSDB), Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM).

Eles foram substituídos pelos então suplentes, Lia Nogueira (PR), Maurício Lemes Soares (PSB), Marcelo Mourão (PRB) e Toninho Cruz (PSB). Denize foi a primeira presa, ainda em outubro de 2018, quando o MP-MS (Ministério Público Estadual), por meio da , destituiu suposta organização criminosa que fraudava licitações na Secretaria de Fazenda de Dourados.

Denize segue presa preventivamente, enquanto Idenor, Pastor Cirilo e Pedro Pepa estão soltos, graças a um habeas corpus concedido pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Mesmo presa, ela tentou reaver o mandato de vereadora, mas o juiz responsável pelo caso viu “atentado contra a dignidade da Justiça”, em seu pedido, e a parlamentar acabou sendo multada em R$ 4,7 mil.

Pesam sobre os outros três, acusações de esquema de corrupção que utilizava, conforme o MP-MS, contratação de empresas de tecnologia da Câmara. Denunciada, Denize sentará no banco dos reús, já a denúncia contra os demais vereadores, que também se viraram réus, ainda não foi oferecida.