Nesta terça-feira (12), o governo do Estado segue a rodada de conversa com os servidores estaduais recebendo quatro categorias de segurança que representam os Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul. No entanto, esses servidores já trabalham em escalas especiais de horário e não devem ser afetados nem pela retomada das 8 horas de trabalho diárias e nem pelo PDV (Plano de Demissão Voluntária) pelo baixo efetivo, admite o secretário Roberto Hashioka, de Administração.

Representante da Associação dos Oficiais Militares de MS, o coronel Alírio Vilassanti afirmou que falta efetivo para que os policiais façam adesão ao PDV. “Nós temos uma jornada diferente e bem acima dos servidores, com escalas extras, eventos especiais como o Carnaval. Temos um regimento próprio que o PDV também se torna pouco provável, porque trabalhamos com ascensão funcional”, disse.

Participam da reunião a Associação dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul (AME-MS), Associação e Centro Social de PMs e BMs de MS, Associação dos Oficiais Militares de MS e Associação de Praças da Polícia e Bombeiros Militares de MS.

PMs e Bombeiros têm escalas diferentes e não devem ser afetados por jornada de 8 horas
Roberto Hashioka, titular da SAD (foto: Marcos Ermínio)

Representante do governo nas conversas, Hashioka afirmou que a categoria seria recebida para que fossem passados os detalhes do PDV. “Não cabe a eles a retomada, mas alguns policiais ou bombeiros podem querer aderir a aposentadoria voluntária, então estamos aproveitando para conversar com todos”, disse.

Projetos

De acordo com a assessoria da gestão de Reinaldo Azambuja, a restituição da jornada normal de trabalho de 40 horas semanais, que é um ato realizado por decreto do Executivo, evitaria gastos desnecessários com concursos e contratações e igualando à carga dos demais trabalhadores brasileiros.

Números divulgados pelo governo estadual mostram que pelo menos 32,5% dos servidores ativos devem ser atingidos pelo aumento de jornada, reduzida para seis horas semanais ainda em 2004.

O governo espera que a medida represente, na prática, melhora na prestação de serviços públicos à população, e alega que esse acréscimo de duas horas diárias de trabalho equivale à contratação de quatro mil funcionários, mas sem resultar em um aumento significativo de gastos.

Já a proposta de PDV se soma a outras medidas, como renegociação da dívida do Estado, definição de teto de gastas, reforma administrativa e da previdência, a fim de manter saúde financeira de Mato Grosso do Sul. Após as conversas com as categorias, o projeto será enviado para apreciação dos 24 deputados estaduais.