A Assembleia Legislativa criou uma comissão para acompanhar a situação das barragens de mineradoras localizadas no Pantanal sul-mato-grossense, em Corumbá, a 429 km de . Segundo o deputado Evander Vendramini (PP), a comissão foi criada na tarde da terça-feira (2) e pediu que a ANM (Agência Nacional de Mineração) esclareça questões sobre as barragens em MS.

Assembleia cria comissão para acompanhar barragens em Corumbá
Deputado pede respostas à ANM. (Foto: Luciana Nassar e Victor Chileno/ALMS)

O deputado destaca que o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) fez um relatório sobre as barragens no estado, mas aponta que o instituto não possui técnicos específicos para barragens. Evander afirma que a comissão pediu que o presidente da ANM venha à Assembleia Legislativa esclarecer o que a agência faz para evitar que desastres como o de Mariana (MG) e Brumadinho (MG) aconteçam na região do Pantanal.

Segundo Evander, a ANM é a única agência que tem material e técnicos específicos para analisar a situação das barragens. Corumbá tem duas barragens como a de Brumadinho, as chamadas a montante, que são das mineradoras Vale e Vetorial.

Ele aponta que a da Vale é bem cuidada e tem medidas de precaução, proteção e medição. Entretanto, na barragem da Vetorial, onde foi encontrada infiltração, não há tantos mecanismos de proteção e monitoramento.

Barragens a montante

Vale lembrar que em fevereiro o MME (Ministério de Minas e Energia) definiu medidas de precaução de novos acidentes com barragens. A medida inclui a extinção ou descaracterização de barragens chamadas ‘a montante'. De 84 barragens desta modalidade no país, duas estão em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o estado tem dois empreendimentos de mineração com barragens de rejeitos da modalidade ‘a montante': da Corumbaense Mineração e a Vetorial Mineração (Mina Laís), ambas na região do Pantanal sul-mato-grossense.