A atriz Regina Duarte defendeu novamente o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista para O Estado de S.Paulo ela afirmou que as declarações homofóbicas são “da boca para fora”.

Para a atriz o candidato tem um humor brincalhão tipico dos anos 50. “Ele tem uma alma democrática […] Um humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas. Mas que são de boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”.

Regina contou ainda quando tomou a decisão de declarar apoio ao candidato do PSL. “Foi há uns dois ou três meses. Eu estava no armário e meu filho começou a me contestar. Sempre fui uma pessoa democrática, aberta, justa, como podia me fechar no conceito de que Bolsonaro é bruto, tosco, ignorante e violento”.

Segundo a atriz ela não votaria em Bolsonaro mas mudou de ideia ao conhece-lo. “Não preciso me aproximar, sentia que era o candidato da raiva, da impotência, do ódio contra a corrupção e não quero votar no emissário da raiva. Mas quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora”.

Ao ser perguntada sobre o candidato ser “violento” a atriz alegou manipulação de imagem da imprensa e redes sociais. “São imagens montadas, pois mostram a reação dele, mas não a de quem provocou. É unilateral. Quando souberam que ele ia se candidatar editaram todas as gravações e provoca-lo que reagiu a seu estilo que é brincalhão, machão”.

A atriz acredita que 80% das reações de Bolsonaro são brincadeiras. “Acredito que 80% desses reações eram brincadeiras dele: você manda uma porrada e ele devolve outra. O homem com quem conversei durante 65 minutos quer chegar lá democraticamente, seguindo todas as regras das nossas constituições”.