Cunha elencou motivos para dizer que Moro era suspeito

O juiz federal negou uma exceção de suspeição apresentada contra ele pelo ex-presidente da Câmara, deputado (MDB), preso desde outubro de 2016 e Moro no âmbito da Operação Lava Jato.

A defesa de Cunha elencou dez motivos pelos quais Moro seria suspeito para julgá-lo, afirmando que o juiz decretou a prisão do deputado para “alavancar sua popularidade”, e que tinha o objetivo de forçar uma delação premiada do ex-presidente da Câmara.

Moro publicou sua decisão no último dia 21 de fevereiro, em que disse ser “inequívoco” o direito da ré em questionar a parcialidade do julgador, mas alegando que os argumentos apresentados pela defesa de Cunha “beiram a irresponsabilidade”.Moro nega suspeição e diz que Cunha 'beira a irresponsabilidade'

“Entendo não obstante que esse direito deveria ser exercido com prudência e sabedoria. De pronto, salta aos olhos que a exceção está fundada em diversos argumentos destituídos de mínima demonstração”, afirma o magistrado.

“A exceção é manifestamente improcedente reproduzindo argumentos manifestamente improcedentes de exceção pretérita e que já foi rejeitada por unanimidade na Corte de Apelação ou veiculando argumentos sem a mínima demonstração e que beiram a irresponsabilidade”, concluiu.