Sancionar, vetar ou silenciar. São estas as opções que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) tem sobre o aumento salarial dos vereadores de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil, que passa a valer apenas em 2021.
De acordo com o líder do prefeito na Câmara, vereador Chiquinho Telles (PSD), “não cabe ao prefeito discutir o salário dos vereadores”, uma vez que o reajuste não vai interferir nas contas da Prefeitura.
Telles argumentou que o reajuste será custeado pela verba do legislativo, sem impacto nas contas do Executivo. Recentemente, o prefeito afirmou recentemente que irá vetar a proposta se o reajuste no salário dos vereadores representar aumento no repasse mensal do duodécimo.
Todavia, Chiquinho lembrou que o aumento só vale para a próxima legislatura, e que os próximos vereadores podem abrir do reajuste. “Será que vai ter alguém em 2021 para fazer isso?”, questionou o líder do prefeito.
O presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), explicou que o ‘silêncio' do prefeito, a que se referem os vereadores sobre o aumento, acontece se o Chefe do Executivo não sancionar ou vetar a proposta em até 15 dias após a aprovação.
Percentual
Rocha afirmou que os vereadores estão sem reajuste desde 2013, e que, para ele, ‘não tem cabimento' a manifestação contrária da população ao aumento salarial do legislativo.
Segundo o tucano, a inflação acumulada entre o último ano de reajuste até 2021, quando o aumento passa a valer, será de cerca de 53%, enquanto o aumento no salário dos vereadores ficará na casa de 26%.
