Ações contra Cabral já acumulam 87 anos de prisão

O ex-governador do Rio de Janeiro, , é alvo da 21ª denúncia no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato. Desta vez, o apontado como chefe de uma organização criminosa é acusado de 200 atos de .

A denúncia foi oferecida pelo MPF (Ministério Público Federal) em um desdobramento da Operação Calicute. Cabral teria cometido os crimes de lavagem de dinheiro entre 2007 e 2014.

Cabral teria transferido R$ 6,8 milhões das contas das empresas do Grupo Dirija para a companhia Gralc Consultoria, e mais R$ 1 milhão para o nome da empresa Falci Castro Advogados e Consultoria, além de outros crimes de lavagem de dinheiro.

Além de Cabral, outras seis pessoas foram denunciadas: Ary Ferreira da Costa Filho e Sérgio Castro de Oliveira, apontados como operadores de Cabral; Sonia Ferreira Batista, secretária de Cabral; além de Gladys Silva Falci, Jaime Luiz Martins e João Carmo Martins, sócios das empresas investigadas.Ex-governador do RJ é acusado de 200 crimes de lavagem de dinheiro

Em outubro do ano passado, a defesa de Sérgio Cabral tentou afastar Marcelo Bretas da condução dos casos da Operção Calicute, mas o pedido foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Penas somadas

Com as penas somadas contra Cabral nas ações que investigam atos corrupção na administração pública fluminense, o ex-governador já soma 87 anos de prisão. São três condenações impostas pelo juiz da Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, e uma aplicada pelo magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro.

Preso há um ano e dois meses, Cabral foi transferido no último dia 18 de janeiro para Curitiba (PR). Procuradores identificaram benesses concedidas ao ex-governador na prisão do Rio, como entrada de comidas especiais e instalação de uma sala de cinema.