Esquema de Joesley teria pago ao menos R$ 7 milhões em propina a políticos do MDB

Baseada na delação premiada de Lúcio Funaro, a Operação Capitu, desdobramento da Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (9) mira esquema de pagamento de propina a políticos em troca de decisões que privilegiariam o setor frigorífico no Ministério da Agricultura. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em cinco estados. Com base nas informações […]

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Baseada na delação premiada de Lúcio Funaro, a Operação Capitu, desdobramento da Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (9) mira esquema de pagamento de propina a políticos em troca de decisões que privilegiariam o setor frigorífico no Ministério da Agricultura. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em cinco estados.

Com base nas informações de Funaro, suposto operador do MDB, a Polícia Federal prendeu o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que citou os últimos três governadores de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), em sua delação premiada, em suposto esquema de pagamento de propinas em troca da concessão de benefícios fiscais.

Além de Joesley, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), ex-ministro da Agricultura de Dima Rousseff (PT), e o executivo da JBS, Ricardo Saud, também estão entre os implicados. Andrade foi preso, mas Saud estaria em viagem fora do Brasil, segundo o G1.

A lista de implicados também inclui o executivo da JBS Demilton Castro, João Magalhães, deputado estadual pelo MDB de MG, Neri Geller, deputado eleito pelo PP de MT, Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária, Mateus de Moura Lima Gomes, advogado, Mauro Luiz de Moura Araújo, advogado, Ildeu da Cunha Pereira, advogado.

Os mandados, segundo informações preliminares, teriam sido cumpridos em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso. Ao todo 62 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 26 apenas em Belo Horizonte.

Em delação, Joesley havia afirmado à PGR (Procuradoria Geral da República) que atuava com Funaro e o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) em esquema de corrupção no Ministério da Agricultura.

O esquema teria acontecido entre 2014 e 2015 e envolvia também lojas varejistas que supostamente lavavam o dinheiro. Segundo a PF, a JBS teria pago R$ 7 milhões por ações que beneficiassem a empresa na Agricultura.

 

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