Projeto é de caráter autorizativo

 

Por 16 votos a 9, a Câmara de Vereadores da Capital derrubou o veto do prefeito (PSD) ao projeto de lei conhecido como ‘cidade vigiada', que prevê desconto no (Imposto Predial Territorial Urbano) para contribuinte que tivesse condição de instalar câmeras de vídeo-monitoramento em casa.

No veto, publicado no último dia 12 março, o prefeito alegou que, se aprovado, a matéria, de autoria de (PTB) e André Salineiro (PSDB), poderia resultar em perdas de R$ 50 milhões aos cofres municipais.

“Entendo os motivos financeiros, mas o projeto é autorizativo. Vai dar possibilidade da Prefeitura colocar em prática quando bem entender, ou seja, quando melhorar situação financeira do município”, disse Trad.

Antes da votação, o líder do prefeito na Casa, o vereador Chiquinho Telles (PSD), classificou de ‘conversa fiada' o argumento de que o projeto é apenas autorizativo, já que se aprovado os autores cobrariam a Prefeitura por sua regulamentação.

Salineiro disse que um vereador não pode chamar de ‘conversa fiada' um projeto autorizativo, lembrou que o próprio Chiquinho apresentou em anos passados projetos autorizativos, mas que mudou de opinião para defender interesses da Prefeitura. O tucano também argumentou que o prefeito não realizou estudo de impacto financeiro do projeto.

A maioria dos 16 vereadores que votaram pela derrubada do veto destacaram a ‘importância' do projeto para segurança da cidade. Apenas nove parlamentares optaram por manter o veto.

Confusão

Logo após a conclusão da votação, Chiquinho Telles questionou a Mesa Diretora sobre o computo do voto de Ademir Santana (PDT), que ao proferir sua escolha disse que ‘votava com o líder'.

O líder de sua bancada, Odilon Júnior (PDT), foi favorável à derrubada do veto, mas Santana depois explicou que se referia ao líder do prefeito, no caso Chiquinho.

O vereador Valdir Gomes (PP) brincou com a situação e lembrou que no momento da votação do pedetista, o líder do prefeito ainda não havia proclamado seu voto. “Ele estava fazendo exercício de premonição?”, ironizou o progressista.

Apesar das reclamações de Chiquinho, o vereador Cazuza (PP), que presidia a sessão desta terça-feira (10) explicou que a votação já estava concluída e que o regimento interno não permitia alteração de votos após proclamação do resultado final.