PT e PMDB trocaram provocações

O deputado estadual João Grandão (PT) usou a tribuna nesta quarta-feira (02) para destacar atos do governo Dilma e Lula e comentar a votação na Câmara Federal que acontece hoje sobre a aceitação ou não da denúncia contra o presidente Michel Temer. O fato gerou troca de farpas com o PMDB.

Líder da bancada, Eduardo Rocha leu a resolução do PT na Câmara que pedia para que todos os deputados federais estivessem no local para que fosse efetivado o quórum. Dentro da oposição, o PT é o único partido que defende marcar presença, independentemente dos deputados da base do governo. É o que o governo deseja.

PSOL, Rede, PCdoB, PDT e parte do PSB querem marcar presença de seus deputados apenas quando o governo conseguir número para abrir votação. Entre os opositores, o PT tem sido acusado de ‘fazer o jogo’ de Temer.

“Só de irem já quero agradecer por ajudar o Temer”, ironizou Rocha. Grandão, irritado, retrucou. “Bom, nesse caso temos que dizer aqui que a oposição é essencial para dar quórum para a aprovação de projetos do governo estadual”.

Paulo Siufi (PMDB) entrou na discussão e afirmou que a oposição está exercendo seu ‘direito de espernear’. O parlamentar também aproveitou para criticar o ministro da Saúde, que não servidora nem para ‘porteiro de farmácia’, já que é engenheiro e não um profissional da área da pasta.

Votação

Para que a denúncia contra Temer prossiga para análise do STF (Supremo Tribunal Federal) são necessários votos de pelo menos 342 dos 513 deputados. Caso contrário, será arquivada.

O governo entende que a oposição não tem votos suficientes. Por isso, o Palácio do Planalto quer votar a denúncia nesta quarta e tentar encerrar o caso de vez.

O PSDB é um dos maiores partidos da base, ao lado do PMDB, sigla de Temer, e o líder declarou nesta quarta-feira que a bancada está liberada para votar individualmente. Os tucanos deram apoio ao presidente desde o início do mandato, em maio do ano passado, e são aliados na aprovação das reformas propostas pelo governo, consideradas o pilar da gestão Temer.