Na Câmara o pedido é celeridade da Justiça

Os vereadores da Câmara de Campo Grande pediram cautela na apuração das denúncias contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), acusado pelo empresário Wesley Batista de receber, assim como Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB), propina em troca da concessão de benefícios fiscais.

Responsável por protocolar na Assembleia o primeiro pedido de impeachment de Reinaldo, o vereador Vinicius Siqueira (DEM), frisou que é preciso uma pressão popular nesse momento, e que no decorrer da defesa o governador poderá apresentar documentos que comprovem sua alegação de que não cometeu irregularidades. “Se não o cidadão fica sem ter em quem votar”, disparou.Vereadores pregam cautela na apuração de denúncias contra governador

Para o progressista Valdir Gomes, um possível afastamento do governador é uma decisão que cabe à Assembleia, e ‘como cidadão’, ele acredita ser improvável aprovação de um impeachment do chefe do Executivo Estadual.

“Uma fumaça pode virar um fogareiro no meio político”. Frisou Eduardo Romero (REDE), que pede ‘transparência, responsabilidade e agilidade da Justiça na apuração dos fatos. O parlamentar teme uma onda de denuncismo diante do cenário atual da política nacional.

Na avaliação de Chiquinho Telles (PSD) a demora na conclusão das investigações pode piorar a situação política do país. “A população não sabe em quem confiar”, disse o líder do prefeito, que defende que ‘todo homem público tem direito de se justificar e apresentar sua defesa’.

Do mesmo partido do governador, André Salineiro (PSDB), pontuou que as denúncias são muito recentes para ensejar pedidos de impeachment, e é preciso mais tempo de investigação, já que em alguns, destacou, ‘a delação serve para afastar denunciado do foco’.