Se André não pagar R$ 1 milhão até segunda, restritiva pode virar prisão
Defesa já recorreu da fiança estipulada
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Defesa já recorreu da fiança estipulada
Mesmo com os bens bloqueados, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) tem até a próxima segunda-feira (15) para pagar a fiança de R$ 1 milhão estipulada pela Justiça Federal, como medida restritiva imposta na mesma ação que determinou colocação de uma tornozeleira eletrônica no político.
O advogado de André, Renê Siufi, revelou que já requereu a suspensão do pagamento do valor milionário, uma vez que a própria juíza que impôs fiança, da 3ª Vara Federal, especializada em crimes de lavagem de dinheiro, Monique Marchiolli Leite, também determinou o bloqueio de bens do ex-governador.
“Já requeri (suspensão), estou esperando agora. Espero que saia. Se não sair, não sei o que vai acontecer. O juiz pode entender não prender, a gente não sabe”, respondeu Siufi à reportagem do Jornal Midiamax na manhã desta sexta-feira (12).
Além da tornozeleira e da multa, Puccinelli também está proibido de sair da cidade por mais de 10 dias sem prévia autorização da Justiça e precisa se recolher em casa até 21hs. Ele também não poderá manter contato com demais investigados na Operação Máquinas de Lama.
A reportagem esteve na residência do ex-governador por volta do meio dia desta sexta-feira. Na portaria, de onde não foi autorizada passagem, a informação é que ele havia saído.
Operação
Agentes da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (11) a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama, que tenta desmontar o que os agentes chamara de ‘organização criminosa’ que desviou recursos públicos durante o governo de André Puccinelli (PMDB).
Segundo a Polícia Federal, os desvios eram feitos por meio de direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos, que resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
Para justificar a propina, o grupo alugava máquinas e equipamentos utilizados em obras do governo estadual. As investigações mostraram que tais negociações de locação nunca existiram de fato, foram feitas apenas para dar uma origem lícita aos recursos financeiros. Foram estes alugueis que serviram para batizar a operação de Máquinas de Lama.
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