Prefeitura avalia valores repassados a Santa Casa
Contrato também integra raio-x anunciado pela administração
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Contrato também integra raio-x anunciado pela administração
Os funcionários da Santa Casa de Campo Grande decidiram paralisar os serviços por tempo indeterminado. Mais de 2 mil trabalhadores, da enfermagem e administrativos, estão sem receber o salário de dezembro. Em assembleia na tarde desta segunda-feira (9), os trabalhadores decidiram paralisar e ficou acordado que apenas 30% do efetivo continuará prestando os serviços. O motivo, conforme explicaram, é a ausência do salário do mês de dezembro. A Santa Casa, no entanto, alega que não há repasse da Prefeitura.
O presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores da área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, declarou que a direção do hospital marcou uma reunião para esta terça-feira (10), às 8h, para deliberações. No início da tarde desta segunda-feira (9), o presidente da Santa Casa não estava no hospital. Segundo foi informado, ele estaria no MPT (Ministério Público do Trabalho), para resolver essa situação, já que a Santa Casa depende do repasse da Prefeitura.
A Prefeitura, no entanto, anunciou um raio-x das contas municipais e dos contratos. O titular da Sepanflic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle). Pedro Pedrossian afirma que a Prefeitura irá reunir-se com a diretoria da entidade. “A questão de assinar o aditivo referente a contratualização que venceu em 8 de dezembro, nós fizemos o repasse no final do ano passado, mas, têm valores em aberto que estamos levantando ainda. Inclusive terá nessa semana, conversas com a presidência e a diretoria da Santa Casa para regularizar”, declarou.
Outro impasse na área de saúde é o Hospital do Câncer Alfredo Abraão. Na última semana, a administração reuniu-se com o diretor do hospital, Carlos Coimbra, para discutir duas ações que pediram bloqueio de recursos por suposta ausência de pagamento. A questão, de acordo com o secretário de finanças, ‘caminha para solução amigável’
“O hospital do câncer tem bloqueado nossas contas por força de decisão judicial. São R$3,7 milhões do Tesouro [do município]. Esses R$ 3,7, na verdade são R$ 1,8 e alguma coisa vezes 2, porque a decisão judicial mandou bloquear R$ 1,8 milhão e bloqueou-se duas contas nossas, totalizando R$ 3,7 milhões, isso referente aos valores que o Tesouro deveria ter passado e não repassou”, explicou Pedro Pedrossian.
“Como nós somos gestores plenos, todo repasse mensal compõe recursos do tesouro municipal, recursos do estado e recursos da União. No ano passado foram repassados somente valores do estado e da União e aquilo que era fonte do Tesouro não foi passado, então eles ganharam na justiça o direito de bloquear R$ 1,8 milhão por equívoco no processamento como se fossem duas contas. Nós nos reunimos com o presidente e a ideia é encontrar uma solução amigável para o destencionamento dessa relação. A gente se comprometeu a normalizar os pagamentos, a ideia é que haja fim essas ações e o escalonamento futuro dessas obrigações”, complementou o secretário.
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