Disse que administradores não conseguem administrar

Durante discurso na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) na manhã desta sexta-feira (22), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), se queixou da burocracia reforçada pela Lei do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil que, segundo ele, aumentou exigências para repasse de verba às instituições.

O chefe do Executivo afirmou que, mesmo com os obstáculos já enfrentados naturalmente pela gestão, “parecem que querem criar mais dificuldade só para o administrador não administrar”. Para exemplificar a burocracia já encarada antes da tal lei, ele citou a compra do carro popular sorteado aos pagantes do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

No primeiro sorteio, o cidadão ganhou, mas não pegou o veículo logo em seguida. Isso porque o processo licitatório foi lento. Marquinhos disse que mesmo com mais de R$ 80 milhões em caixa à época, não foi possível comprar o carro de avaliado em R$ 40 mil.

“O que gastaram de papel dava para comprar o carro”, brincou. Sem respeitar o processo de licitação, o gestor corre risco de responder por improbidade administrativa ou até ser enquadrado em penalidade maiores como prisão, por exemplo, conforme o próprio prefeito ilustrou.

Lei

Prefeito diz que burocracia atrapalha gestão e atrasa benefícios à população

 “Foi lei criada no ano passado que determina exigência de série de documentos das instituições que fazem convênio com a Prefeitura. Muitas foram pegas de surpresas e não tiveram documentação necessárias e nós não pudemos fazer o repasse”, disse, reforçando que o dinheiro não é perdido, mas o repasse atrasa. “Os funcionários têm que receber, são valores não tão expressivos, mas faz falta a todos eles”, finalizou Marquinhos.