Conselheira completa 70 anos neste mês

Ocupando cadeira de conselheira no TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) desde junho de 2011, quando renunciou ao mandato de senadora, Marisa Serrano completa 70 anos no próximo dia 21 de junho. A data deveria ser limite para permanência dela na Corte se não fosse uma mudança na Constituição, promulgada pelo Congresso Nacional há dois anos, que estende o período de trabalho de Marisa por mais cinco anos. Apesar do tempo extra, Marisa ainda não decidiu se pedirá aposentadoria ou se continuará no cargo.

Há exatos dois anos, o Congresso Nacional decidiu promulgar o projeto de lei que ficou conhecido como PEC da Bengala. A nova medida extinguiu a exigência que juízes, ministros e servidores públicos federais e estaduais tivessem a aposentadoria compulsória aos 70 anos.

Desde o mês passado, a informação oficial dada tanto pela assessoria de imprensa do TCE quanto pelo gabinete de Serrano é que ela ainda não decidiu se continuará como conselheira ou se dará entrada ao pedido de aposentadoria. “Quando ela decidir, trará a informação oficialmente”, afirmam assessores.

Enquanto a ex-senadora não decide o futuro na Corte, nos bastidores políticos as movimentações são intensas sobre possível sucessão de Marisa. Os nomes mais cotados até o mês passado eram os deputados Flavio Kayatt (PSDB), Márcio Fernandes (PMDB) e Márcio Monteiro (PSDB), este último licenciado da Assembleia porque comanda a Secretaria de Fazenda do Estado.

Ao Jornal Midiamax, Kayatt confirmou que as conversas evoluíram para um cenário de possível sucessão de Marisa Serrano. “Eu já aceitei”, disse ele. No entanto, o convite oficial por parte do também tucano governador Reinaldo Azambuja ou indicação da própria Assembleia Legislativa ainda não ocorreram. “Assim que tiver uma conversa oficial, eu direi a vocês”, respondeu Kayatt ao ser questionado sobre existência de conversa com Marisa.

PEC adia aposentadoria de Marisa, que faz mistério sobre saída do TCE

O nome de Márcio Monteiro para a função passou a ser classificado por interlocutores de Azambuja como inviável para ocupar a cadeira na Corte, principalmente depois das denúncias sobre cobrança de propina e emissão de notas frias, que envolvem o secretário de Fazenda e servidores da pasta, de acordo com empresários denunciantes e os delatores do grupo JBS.

A reportagem não conseguiu contato com Monteiro para comentar o assunto.