‘Não sou culpado dele não ter voto’: dispara Zeca após saída de Biffi do PT-MS
Ex-governador revela que assumiu partido cheio de dívidas
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O atual presidente estadual do diretório regional do Partido dos Trabalhadores, o deputado federal e ex-governador Zeca do PT, comentou a saída de militantes da legenda, capitaneados pelo ex-mandatario petista em Mato Grosso do Sul, e também ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi.
“Não sou culpado se o Biffi perde eleição para mim e para o Vander (deputado federal Vander Loubet). Se ele não tem voto para ganhar eleição é incapacidade eleitoral dele”, disparou o ex-governador.
Na carta de desfiliação apresentada ao diretório o grupo de agora ex-petistas, que além de Biffi tem a ex-vereadora da Capital, Thais Helena, e cerca de 300 filiados, alega que Zeca não está aberto ao diálogo, tem um projeto pessoal de poder e o acusam de não pagar rescisão de trabalhadores demitidos do PT MS após sua posse como presidente do partido.
Zeca revela que na gestão de Biffi a folha salarial do partido girava em torno de R$ 50 mil, enquanto as receitas eram de pouco mais de R$ 10 mil, e que quando assumiu o diretório se deparou com dívidas trabalhistas deixadas por seu antecessor. Ele também critica o desempenho do PT no pleito de 2016, quando não elegeu nenhum prefeito em Mato Grosso do Sul, e reduziu o número de vereadores de 110 para 40, nas 79 Câmaras do Estado.
“Ele não pagava encargos, (o partido) tem uma conta medonha de Fundo de Garantia, de INSS, de Imposto de Renda não recolhido, tem dívida com TRE (Tribunal Regional Eleitoral). E usou isso (não pagamento da rescisão) para justificar a magoa eleitoral dele de não conseguir se reeleger e a vergonha de não eleger nenhum prefeito em 2016”, frisou o deputado federal.
O ex-governador pontuou que espera recuperar financeiramente o PT MS em até seis meses, e acertar as rescisões dos poucos funcionários que ainda não entraram na Justiça nos próximos dias.
Para o deputado federal, que pretende disputar o Senado nas próximas eleições, o momento da saída do grupo, “quando o PT retoma credibilidade e o crescimento, com possibilidade concreta de ganhar eleição presidencial com Lula em 2018”, foi um equívoco.
“O partido continua andando, mais vivo do que nunca”, finalizou Zeca.
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