Ministro Edson Fachin negou pedido e enviou a plenário do Supremo

O ministro relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, submeteu nesta quinta-feira (18) ao plenário do Supremo um pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB), elaborado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em um primeiro momento, Fachin teria mandado afastar o presidente nacional do PSDB de seu mandado de senador, e negado o pedido de prisão de Aécio Neves feito pela PGR.

A prisão do senador então será analisado pelos dez ministros do STF. Os apartamentos de Aécio Neves no Rio de Janeiro, Brasília e em Belo Horizonte são alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal nesta quinta.

A irmã do senador, Andrea Neves, também é alvo de mandado de prisão preventiva por parte da PF, autorizada pelo STF. Andrea teria recebido dinheiro da empresa JBS que seria entregues a Aécio Neves.

A Operação é consequência da repercussão de delações do dono da JBS. O presidente nacional do PSDB foi gravado em um áudio conversando com o dono da JBS, Joesley Batista, pedindo a quantia de R$ 2 milhões para “pagar sua defesa na Lava-Jato”. Os áudios foram entregues por Joesley em uma delação na PGR.Ministros do STF irão avaliar pedido de prisão de Aécio Neves

O ministro Edson Fachin também determinou o afastamento do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) da Câmara de Deputados. 

Loures teria sido indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para tratar de um “assunto” pendente com a J&F, holding que controla a JBS, em outra conversa gravada pelo dono da empresa Joesley Batista.

(com supervisão de Evelin Cáceres)