Deputado admite atraso na aprovação de reformas
Um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara Federal, o deputado Carlos Marun (PMDB), revelou que se conversou com o peemedebista logo após o vazamento da delação da JBS e que ele está triste com o classificou de cilada armada pelo empresário Joesley Batista.
“Ele (Temer) estava triste, até constrangido, depois de tantos anos de política ter caído numa cilada, onde um empresário se aproxima gravando o presidente, num ambiente de colaboração com algumas instituições brasileiras”, afirmou Marun.
O peemedebista sul-mato-grossense questionou o vazamento do conteúdo da delação, inclusive com transcrição da conversa entre Temer e Batista, e estranhou os próprios áudios ainda serem mantidos em sigilo.
Temer, revelou Marun, não tinha até uma ‘memória muito clara’ do que conversou com Joesley Batista, no diz em que foi gravado, segundo o Jornal O Globo, dando aval para que o empresário comprasse o silêncio do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba após desdobramentos da Operação Lava Jato.
Reformas
Para o deputado, que presidiu a comissão especial da reforma da previdência, um dos principais projetos do governo Temer, as reformas, tanto a trabalhista, quanto a previdenciária, devem ter sua tramitação prejudicada em virtude da delação.
“Isso que estou mais triste. Amanheci consciente de que o processo que se tornava vitorioso, havia onda positiva para aprovação dessas reformas, foi bombardeado por isso (delação de executivos da JBS”), disse Carlos Marun, que ainda pontuou que os empresários donos da JBS, maior produtora de proteína do mundo, ficaram bilionário ‘em função dos favores recebidos do governo do PT’.
