Primeiro dia terá votação de projeto 

Eleito por 241.876 mil pessoas, 58,77% dos votos válidos em Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) assume a Prefeitura neste domingo (1º), em posse marcada para às 17h no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes. Além do prefeito, os 29 vereadores eleitos também serão empossados.

A vice Adriane Lopes (PEN) e os secretários municipais também participam da solenidade. Após a posse, os vereadores vão para a sede da Câmara Municipal, onde votarão a composição da nova Mesa Diretora para a 10ª Legislatura (biênio 2017-2018). A Mesa Diretora da Casa de Leis é composta de sete cargos (presidente, vice-presidente, 2° vice-presidente, 3° vice-presidente, 1° secretário, 2° secretário, 3° secretário). A nova Mesa Diretora será eleita pela maioria absoluta (metade mais um) dos membros da Câmara (15 votos).

Além da votação para nova composição da mesa diretora na Câmara Municipal, a sessão extraordinária marcada para esta noite servirá para votar projeto de lei apresentado pelo prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD) referente à reforma administrativa.

Serão empossados como parlamentares André Luis Sanches Salineiro, Odilon de Oliveira Júnior, Loester Nunes de Oliveira, Gilmar Neri de Souza, Livio Viana de Oliveira Leite, Luiz Carlos Correia de Lima, Epaminondas Vicente Silva Neto, João Batista da Rocha, Elias Longo Júnior, Ademir Santana Delmondes, João César Matto Grosso Pereira, Roberto Santana dos Santos, Wellington de Oliveira, Vinicius de Siqueira, Antonio Ferreira da Cruz Filho, Valdir João Gomes de Oliveira, Carlos Augusto Borges, Francisco Gonçalves de Carvalho, Jeremias Flores dos Santos, Ayrton de Araújo, Francisco Almeida Teles, Derly dos Reis de Oliveira, William Maksoud Neto, Paulo Siufi Neto, Hederson Fritz Morais da Silveira, Dharleng Campos de Oliveira, Otávio Augusto Trad Martins, Eduardo Pereira Romero e Maria Aparecida de Oliveira do Amaral.

Biografia

Filho do finado deputado federal Nelson Trad, Marquinhos é casado, tem quatro filhas e 52 anos. Formado em direito pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele foi conselheiro estadual da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) e atualmente é presidente da comissão de ética.

Em 2004 Marquinhos deu início à carreira política como vereador, mas permaneceu na Câmara Municipal por somente dois anos. Isso porque em 2006 se candidatou a deputado estadual e foi eleito, assim como em 2010 e 2014.

No entanto, ele atua na Assembleia Legislativa desde a década de 1980 quando foi assessor jurídico de seu pai, fato que foi alvo de polêmica durante a campanha eleitoral na qual os adversários alegaram que Marquinhos era funcionário fantasma, pois trabalhava na Casa de Leis quando ainda cursava direito na capital carioca.

Conforme o parlamentar, ele adiantou as matérias do último semestre para poder retornar a Campo Grande. O fato acarretou pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar se há casos de funcionários fantasmas no Legislativo.

Durante a campanha os adversários também usaram investigações nas quais o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) está envolvido para atacar Marquinhos. No segundo turno, quando recebeu apoio oficial do prefeito Alcides Bernal (PP), derrotado no primeiro turno, o deputado firmou acordo no qual um dos compromissos é o de não empregar ‘fichas sujas’. Tanto ele quando Nelsinho e Fábio Trad eram do PMDB, partido que deixaram quase simultaneamente.

Em 2014, quando foi reeleito deputado estadual, Marquinhos declarou R$ 1,2 milhão e neste pleito apresentou R$ 1,4 milhão à Justiça Eleitoral.