Joesley afirma que financiamento do BNDES gerou propina para Mantega e Vaccari
Empresário diz que pediu apoio de Serra, Palocci e Mantega
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Empresário diz que pediu apoio de Serra, Palocci e Mantega
O empresário Joesley Batista, sócio da holding J&F, que controla a JBS, informou à Procuradoria-Geral da República (PGR), em um dos novos anexos entregues aos investigadores, um episódio de “pressão política” para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desse aval para o financiamento de uma fábrica de celulose da Eldorado, no Estado do Mato Grosso do Sul, informou na noite deste domingo, 3, a “Globonews”.
De acordo com a “Globonews”, o empresário relatou que pediu apoio ao senador José Serra (PSDB-SP) e aos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega. Por ter obtido o financiamento, Joesley teria dado em torno de 4% de propina do contrato para Mantega e 1% para Vaccari, segundo a emissora. Dirigentes de fundos de pensão também teriam sido beneficiados.
DEFESAS
Por meio de sua assessoria de imprensa, Serra negou a acusação. “Essa história jamais ocorreu. Até porque não faria o menor sentido o candidato de oposição tentar influenciar uma decisão de governo”, disse o senador.
A assessoria de Mantega, por sua vez, informou que não teve acesso ao anexo de Joesley e que só vai se pronunciar após conhecer o inteiro teor das acusações.
Até a publicação deste texto, as assessorias de imprensa do grupo J&F, e as defesas de Vaccari e Palocci não haviam respondido à reportagem.
NEGOCIAÇÕES
No último sábado, 2, a holding J&F, da família Batista, anunciou que concluiu as negociações para a venda da Eldorado Celulose e Papel com a Paper Excellence, da família Widjaja, que também é dona Asia Pulp and Paper (APP).
O valor total da transação é de R$ 15 bilhões. A aquisição marca a entrada dos empresários asiáticos no Brasil, que também são donos da gigante de papel e celulose Asia Pulp & Paper (APP).
ANEXOS DA DELAÇÃO
Em nota enviada neste domingo, o grupo J&F, que controla o frigorífico JBS, afirmou que não pode fornecer detalhes dos novos anexos da delação entregues por seus executivos à Procuradoria-Geral da República (PGR). Na nota, a holding limitou-se a dizer que os colaboradores apresentaram, dentro dos prazos legais, os anexos e que continuam à disposição da Justiça.
“Os colaboradores apresentaram, dentro dos prazos legais estabelecidos, as informações e documentos que complementam os esclarecimentos prestados previamente à Procuradoria-Geral da República e continuam à disposição para cooperar com a Justiça. Não é possível fornecer detalhes porque esses dados estão sob sigilo”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do grupo.
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