Em MS, presidente da OAB diz analisar 2º pedido de impeachment de Temer
Procurador-geral apresentou hoje nova denúncia
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Procurador-geral apresentou hoje nova denúncia
Depois do procurador-geral da República denunciar o presidente Michel Temer (PMDB) e mais 8 pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa, o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, disse durante evento em Campo Grande que novo pedido de impechment contra o presidente pode ser apresentado.
Lamachia chegou há pouco no encontro da advocacia brasileira, sediado na OAB-MS, e falou rapidamente com a imprensa. Ele afirmou que “vamos examinar, estamos examinando, se for o caso vamos encaminhar [pedido de impeachment] ao conselho federal”.
Ainda segundo o presidente, o jurídico da OAB analisa a denúncia apresentada por Janot e deve encaminhar parecer para o plenário do conselho, que deve votar se apresenta novo pedido de saída de Temer.
Em maio deste ano, a OAB entregou à Câmara Federal pedido de impeachment do Temer depois do escândalo envolvendo encontro do presidente com o executivo do grupo JBS, Joesley Batista. Na gravação, Temer disse a Batista “tem que manter isso, viu?”, quando o executivo afirmou que ajudava o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Além de pedir o afastamento de Temer, na época a OAB também queria que o presidente ficasse impedido de ocupar cargo público no período de 8 anos. O pedido, somado a outros, acabou virando denúncia na Câmara Federal, mas no mês passado o presidente foi livrado da denúncia, depois de votação no plenário da Câmara.
Nova denúncia
Na denúncia apresentada hoje por Janot, Temer é responsabilizado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, está entre os denunciados – ele tinha a garantia de que não seria denunciado nem preso, mas Janot entendeu que houve descumprimento dos termos do acordo de delação premiada. Na última sexta, ao expedir mandado de prisão de Joesley, o ministro Edson Fachin, do STF, suspendeu os efeitos do acordo. Agora, o procurador-geral decidiu pedir a rescisão do compromisso.
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