Lídio e Beto querem o cargo máximo da comissão

A disputa pela presidência da principal comissão da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) deve terminar com o PSDB no cargo. Isso por que o tucano e líder do governo na Casa, Rinaldo Modesto, disse que eles querem manter o acordo já existente, desde que fiquem com a função máxima, além de outros envolvidos afirmarem que a indicação seria do governo.

Rinaldo é um dos membros da comissão e juntamente com o colega Beto Pereira ocupam as duas cadeiras do bloco do PSDB. “A definição ficou para ser resolvida após o feriado de carnaval e acredito que haverá um consenso. Nós queremos dar a segunda cadeira para o PMDB, mas desde que a presidência fique com a gente”.

Ao ser questionado se o governador Reinaldo Azambuja de alguma orientação sobre a disputa, Modesto afirmou que não. “Ele disse que temos autonomia para decidir essa questão e é uma definição dos deputados”. A mesma fala foi dita por Pereira, com relação ao envolvimento de Azambuja.

Pereira é o que está decidido que quer o cargo de presidente. Nessa manhã ele reafirmou que vai exigir o cumprimento do regimento interno. Ele alegou desde a última terça-feira, data em que era para ter decidido essa questão, que iria cobrar o direito de o bloco do PSDB ter três cadeiras na comissão pelo número de integrantes. Até então sempre houve um acordo de “cavalheiros”.

“Tinhamos um acordo de que o governo iria indicar o presidente e isso foi descumprido. Agora só serve pra mim que seja colocado em prática o que define o regimento da Casa”.

Contrário

Na ocasião, o pedido de Beto causou debate entre os membros, já que Lidio Lopes, do PEN, que integra o bloco do PMDB, também quer a presidência, permanecer na verdade, já que ele exercia o cargo no ano passado.

“Nós tínhamos um acordo de que eu permaneceria na presidência, que estavam todos de acordo, tanto que abri mão de concorrer a mesa diretora. Eu vou brigar por isso até o final”, reafirmou nesta data.

Eduardo Rocha (PMDB), líder do bloco peemedebista disse que acredita que irão entrar em um consenso após o carnaval, ms voltou a dizer que o acordo com Lídio foi somente dele estar no grupo da CCJ.

“O acordo com Lídio era de que fosse um dos integrantes da comissão, mas a presidência seria uma indicação do governo. Já conversei com Lídio e ele esta irredutível. Vamos conversar na próxima quinta e buscar um acordo”, disse Rocha.

Completam o grupo, Renato Câmara, do PMDB e Pedro Kemp, do PT, que por ser o mais velho está interinamente no cargo de presidente.

Foto: Mariana Anjos/Midiamax