Donos de táxis estariam sendo igualados a ‘mafiosos’

 

Diretor da Coopertaxi de Campo Grande, Flávio Panissa, reclamou nesta tarde, em reunião com o vereador Vinicius Siqueira, que a imagem da classe está sendo prejudicada pela polêmica envolvendo a concessão dos alvarás, instalada após a chegada do aplicativo Uber em Campo Grande. Na visão de Panissa, toda a classe está sendo taxada como parte de uma “máfia”, o que não condiz com a realidade.

Vinicius Siqueira é autor da proposta de CPI para investigar a concessão de alvarás de taxi em Campo Grande. A suspeita é que exista um oligopólio, com poucos donos concentrando a maior parte dos alvarás.

A eventual criação da CPI passou a ser debatida na Câmara desde que o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD, anunciou que regulamentaria o serviço Uber, que exerce função igual aos motoristas de taxi.

Os próprios motoristas de táxis disseram que o prefeito deveria distribuir mais alvarás na cidade porque o segmento estaria sob o domínio de alguns grupos.

“Não descarto a possibilidade de haver irregularidade no setor, mas do jeito que está sendo colocado na mídia [máfia] está nos prejudicando. É preciso separar o joio do trigo. Não confundir. Tem muito trabalhador, pai de família”, disse Flávio Panissa.

O vereador Vinícius Siqueira, que apoia a criação da CPI e que ouviu Flávio Siqueira, disse que é preciso “usar um meio termo, corrigir sem atacar”.

O representante dos taxistas afirmou, ainda, que desde a chegada da Uber, a classe perdeu 50% do movimento.