‘É necessário olhar o lado dos médicos'

A bancada do PMDB na Câmara de , composta pelos médicos e vereadores Dr. Loester e disse em sessão nesta terça-feira (27) apoiar a greve dos médicos, mesmo após decisão judicial impedindo a manifestação.

“Sei que tem decisão judicial, mas é necessário olhar o lado dos médicos”, destacou. Loester disse saber que a população ‘sofre', mas que ‘todo ano os prefeitos de todas as gestões dizem que não têm dinheiro e na campanha sempre ficam com demagogia com a categoria'.

Presidente da Casa, (PSDB) destacou que a Câmara ainda não foi acionada. “O Executivo negocia direto com o sindicato. Os guardas e professores nos procuraram. Estamos aguardando os médicos, mas também podemos atuar sem esse pedido se entendermos que temos que entrar na questão”.Composta por médicos, bancada do PMDB diz apoiar greve na Saúde da Capital

Vereador, Odilon de Oliveira (PDT) disse que ordem judicial deve ser cumprida. “Podem recorrer, mas sem estar em greve”. Valdir Gomes (PP) afirmou que vai fazer visitas às UPAs. “Sabemos que estão sempre cheias, imaginem agora nesse esquema de atendimento reduzido. A população não pode pagar por isso”, declarou.

Greve

Os médicos da Prefeitura de Campo Grande entraram no 2º dia de greve pelo reajuste de 27,5% do salário base de R$ 2.516,72. Mas na prática, os ganhos podem passar dos R$ 50 mil mensais. São mais de mil profissionais empregados, e 92% deles ganham entre R$ 12 mil e R$ 22 mil.

Para chegar a esses números, o médico pode fazer até 24 plantões nos postos de saúde – isso se ele tiver dois contratos -, além de receber outras gratificações. Em março deste ano, a folha de pagamento do município mostrou um holerite de R$ 51.085,39.

Segundo o secretário de finança, , a média salarial é de R$ 11 mil, mas há profissionais com ganhos de R$ 7 mil devido ao baixo número de extras – que custam R$ 930 cada. “A maior renda são os plantões, tem médico que ganha R$ 50 mil”, confirmou. Em relação ao reajuste, o secretário reiterou que o pleito da categoria não pode ser atendido.

Em sua decisão impedindo a greve, o juiz José Eduardo Neder Meneghelli levou em consideração o prejuízo que a população poderia ter por conta da paralisação. “Ninguém vai procurar auxílio médico por mera distração”, destacou.