Delcídio acusou Dilma de obstruir justiça com indicação de ministro
A Polícia Federal concluiu que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não cometeu crime de obstrução de Justiça ao indicar um ministro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), no âmbito de um inquérito instaurado com base em depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido).
Delcídio disse em delação premiada que Dilma teria indicado o ministro Marcelo Ribeiro Navarro Dantas para o STJ, em 2015, para tentar barrar a Lava-Jato. As acusações deram início a um inquérito em segredo de Justiça no STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com Delcídio, Navarro teria sido indicado por Dilma com o compromisso de conceder habeas corpus favoráveis a aliados políticos da petista e empreiteiros, como Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez.
Em um relatório encaminhado ao STF, no âmbito do inquérito, a Polícia Federal concluiu que não há provas das alegações de Delcídio de que a ex-presidente teria tentado barrar a Operação Lava Jato. O documento foi encaminhado ao Supremo na última segunda-feira (21).
O relatório foi encaminhado à PGR (Procuradoria-Geral da República), que deverá decidir se arquiva o caso ou se faz nova denúncia. No inquérito, também são investigados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros do PT, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante.