Vereadores descumprem regra e não prestam contas de gastos em todos os meses
Informações são do Portal da Transparência do Legislativo
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Informações são do Portal da Transparência do Legislativo
Dos 12 meses de 2015, em apenas três todos os 29 vereadores de Campo Grande prestaram contas do que foi feito com dinheiro da verba indenizatória. Cada um recebe R$ 8,4 mil mensais para arcar com ‘despesas de gabinete’. No ano passado em fevereiro, junho e julho todos os legisladores apresentaram notas fiscais que comprovaram o destino do montante, segundo o Portal da Transparência da Casa de Leis.
Geralmente os valores são gastos com combustível, divulgação parlamentar, conta de telefonia móvel, assessoria jurídica e impressão de material gráfico. Em janeiro do ano passado ficaram ‘devendo’ prestação de contas os vereadores Loester Nunes (PMDB), à época na vaga de Jamal Salem (PR), Thais Helena e Marcos Alex, ambos do PT.
Em março Coringa (PSD) e Edson Shimabukuro (PTB) não aparecem no site da transparência, o engenheiro também não consta na seguinte, porém esteve ausente da Câmara para cuidar da saúde. Em abril Loester e Edil Albuquerque (PMDB) deixaram de justificar.
Em junho e julho todos estão na lista, após matéria do Jornal Midiamax divulgando falha na prestação. Em agosto a relação torna a ficar incompleta, desta vez sem os nomes de Edil, Marcos Alex e Paulo Pedra (PDT) que logo depois de licenciou para tornar-se secretário de Governo e Relações Públicas do prefeito da Capital Alcides Bernal (PP) e junto com Thais Helena e Delei Pinheiro teve mandato cassado.
Em setembro, mês em que a Operação Coffee Break já havia estourado e afastado o então presidente do Legislativo Mario Cesar (PMDB), somente 20 vereadores justificaram gastos, faltando Marcos Alex, Thais Helena, Carla Sthepanini (PMDB), Chocolate (PTB), Cazuza (PP) e Herculano Borges (SD).
O mesmo acontece em outubro com Cazuza, Jamal, Edil, Herculano, José Chadid (sem partido), Marcos Alex e Vanderlei Cabeludo (PMDB), novembro com Chadid, Edil, Cabeludo, Delei e Jamal, por fim dezembro com praticamente os mesmos nomes: Mario Cesar, Edil, Chadid, Gilmar da Cruz, Airton Saraiva (DEM), Chocolate, Cabeludo, Delei, Eduardo Cury (PTdoB), Jamal e Otávio Trad (PTdoB).
Segundo o presidente da Casa, João Rocha (PSDB), o Portal da Transparência pode estar desatualizado, ou seja, as notas foram apresentadas, mas não colocadas no site. “O vereador só receber o dinheiro depois que apresenta a nota fiscal. Por isso se chama verba indenizatória, porque indeniza o vereador, é uma espécie de ressarcimento”, disse.
O tucano explicou ainda que se algum legislador se arcou com o gasto e se esqueceu se justificar para ser restituído vai perder o dinheiro. “Eu já zerei o caixa de 2015. Já acertamos as contas. Tanto que devolvemos o restante do duodécimo à Prefeitura”, concluiu.
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