Simone e Moka integram a ‘base que Dilma Rousseff não queria’

Senadores estão no grupo do ‘fogo amigo’

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Senadores estão no grupo do ‘fogo amigo’

Os senadores de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB) e Waldemir Moka (PMDB), integram o grupo que deveria, teoricamente, mas não faz parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT) em Brasília. Deveria, porque o partido elegeu o vice e se diz base da presidente, mas na prática a situação é bem diferente.

O comportamento dos sul-mato-grossenses e da própria oposição à presidente mostram algo que não é difícil perceber e que está na boca de muitas lideranças políticas, que gostam muito de usar a frase: a política é muito dinâmica.

Simone e Moka chamam atenção porque  dentro do PMDB são os que mais jogam contra a presidente. Segundo levantamento, eles votaram 10  vezes contra a presidente neste segundo mandato, integrando, portanto, o grupo do “fogo amigo”,que é base, mas nem tanto.

Curiosamente, a dupla faz mais as vezes de oposição do que o próprio PSDB, de Aécio Neves, que volta e meia acaba apoiando o Governo Federal. Apesar do discurso de oposição, levantamento aponta que Aécio votou a favor do governo em 68% dos projetos.

Dilma enfrenta um processo de impeachment que vai parar nas mãos do Senado. Caberá aos senadores tanto dar aval para continuidade, como decisão final sobre culpa ou inocência de Dilma.

Moka e Simone não falam abertamente sobre o voto deles no final do processo, mas deixam claro que são favoráveis a investigação mais aprofundada da presidente, em um tom que destoa bastante do que se pode chamar de “base de sustentação”.

Indagada pela reportagem sobre a posição dela sobre o impeachment, Simone disse que  é favorável a abertura. “OBrasil não pode mais ficar com esta espada de Dâmocles sobre sua cabeça, que está causando insegurança. Empresários não investem, desemprego aumenta , não conseguimos sair da recessão que já virou depressão econômica”, justificou. Ela só se recusou a dizer se é a favor do impeachment, dizendo que não pode antecipar voto.  O levantamento sobre o comportamento frente a aprovação de projetos foi feito pelo colunista “Cláudio Humberto”. 

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