Governador  disse que não pode obrigar pessoas a gostarem dele

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou, durante agenda pública na manhã desta segunda-feira (5), o vídeo publicado pelo ex-deputado federal Fábio Trad, no qual ele encoraja o ex-vice-prefeito Gilmar Olarte, preso pelo Gaeco, a fazer delação premiada. O tucano também criticou o ex-parlamentar.

“A delação tomará que faça. Você muitas vezes imputa pecado a algumas pessoas. Quem é pecador que pague pelos seus pecados. Tenho consciência muita tranquila de todas as minhas eleições, das minhas campanhas. Não tenho preocupação nenhuma. Agora, ele (Fábio) calunia, fala mal, vai pro vídeo e não olha para dentro dos próprios defeitos”, disparou o governador.

No vídeo, publicado no domingo (4) pelo advogado Fábio Trad, ele encoraja Olarte a delatar, e diz que o ex-prefeito precisa ser ‘corajoso', para mostrar algumas verdades à população.

“Quem são os políticos que estão à frente de candidaturas financiadas com dinheiro sujo e ao invés de apresentarem propostas ficam ofendendo as pessoas, denegrindo a honra das pessoas, financiando esquema de calunia e difamação”, disse o advogado.

Fábio já havia gravado outro vídeo se dizendo ‘decpcionado' com a pessoa do governador. Reinaldo afirmou hoje que não pode obrigar ninguém a ‘gostar' dele, e afirmou que isso não afeta em nada seu governo.

“Ele está imputando derrotas a pessoas que não tem nada a ver com isso”, rebateu Azambuja. Segundo ele, a campanha de seu partido, encabeçada pela vice-governadora , uma das principais adversárias de Marquinhos Trad (PSD), irmão de Fábio, na disputa pela Prefeitura da Capital, procura manter o nível.

Reinaldo disse ainda que a delação de Olarte pode separar ‘o joio do trigo'. “Qualquer delator se tem algo a delatar que faça”, frisou o tucano.

O ex-deputado federal pelo PMDB não gostou de uma crítica feita pela coligação tucana à candidutura de seu irmão. “Algumas candidaturas na frente da TV se mostram como santinhas, mas que na realidade no subterrâneo, no esgoto da política, agem como verdadeira ratazanas do dinheiro público”, disse Fábio Trad.