Vice-líderes do PT

Vice-líderes do PT, os deputados Carlos Zarattini (SP) e Maria do Rosário (RS) voltaram a afirmar, em Plenário, que a presidente Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade. “Essas acusações não têm substância, são vazias e não têm profundidade”, disse Zarattini. Segundo ele, o processo de impeachment é uma eleição indireta em que o vice-presidente da República, Michel Temer, busca se eleger.

Para Zarattini, a oposição tem perdido votos a favor do impeachment na reta final para a votação. “A correlação de forças está mudando. A cada dia, mais deputados estão mudando de opinião e combatendo o golpe.”

Maria do Rosário ressaltou que Dilma tem o “amálgama” de 54 milhões de votos, ao contrário de Temer. “Coração valente, ela, sim, pode unir o Brasil, nós podemos unir o País porque o amálgama que ela tem é o voto popular que Michel Temer não tem”, defendeu. Ela voltou a criticar o fato de o processo de impeachment ser comandado por Eduardo Cunha, presidente da Câmara. “Temos um processo presidido por alguém que é réu no STF. Comparem a biografia de Dilma com a de Eduardo Cunha”, sustentou.

Favorável ao impeachment

Por sua vez, o deputado Diego Garcia (PHS-PR) argumentou que a presidente Dilma sabia dos desvios de recursos da Petrobras e nada fez. “Há denúncias confirmadas pelo doleiro Alberto Youssef de que a presidente sabia, sim, de todas as propinas que estavam acontecendo”, afirmou Garcia, que é vice-líder do PHS.

Ele defendeu as ações da Operação Lava Jato e disse que o Brasil tem uma oportunidade única para virar uma página “escrita por mãos erradas, de tal maneira que vem envergonhando nossa nação e País”.