“Se tiver mais para sair, pode sair”

O deputado federal Zeca do PT minimizou a saída de metade dos vereadores e mais da metade dos prefeitos do partido em Mato Grosso do Sul. Foram 56 vereadores e oito dos 14 prefeitos que o partido tinha antes da crise, seja com impeachment de Dilma Rousseff (PT) ou cassação de Delcídio do Amaral (PT).

“Perdeu quem tinha que perder. O PT está se purificando, se limpando, se lavando. Se tiver mais para sair, pode sair, prefeito. Tem que ficar quem é de fato do PT e não tem medo dos desafios”, rebateu.

Durante reunião com lideranças na Capital o deputado defendeu a união da sigla e fim da divisão. “Cada um fez sua análise do momento e as possibilidades. Temos que unificar, juntar. Acabou a era do Delcídio, não somos mais governo. São coisas que impactam e muito forte. Ficar dividido entre ala ‘delcidista’ e não ‘delcidista’ é besteira”, opinou.

O deputado quer um novo tempo no PT, onde vê grande possibilidade de acumular “força muscular”, principalmente impulsionado pelo desempenho do presidente interino, Michel Temer (PMDB).

“Começa a acumular força muscular a medida que Temer começa a mostrar prováveis iniciativas recessivas e de arrocho ao povo trabalhador… privatização do Correio, da Caixa Econômica Federal. Demissão de funcionários públicos. As pessoas que foram para rua, iludidos, começam a sentir saudade do PT. No Estado, o grande problema era o comportamento do Delcídio, distante da ideologia e do nosso compromisso programático. Como o Delcídio acabou, temos que unificar força”, finalizou.