Lula participa em São Paulo

Protestos contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), ocorrem em 22 estados e no Distrito Federal nesta sexta-feira. Em São Paulo a Avenida Paulista tem 11 quarteirões lotados de manifestantes, entre eles o ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva. As organizações estimam que quase 800 mil pessoas estão nas ruas em todo o Brasil. A Polícia Militar não divulgou nenhum número. 

Em Campo Grande o ato ocorre em frente a filial da Rede Globo e reúne pouco mais de 400 pessoas. As manifestações foram convocadas pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, na semana passada para evitar que no domingo (13), quando favoráveis à saída de Dilma foram às ruas, houve confronto. Os acontecimento dos últimos dias inflamaram ainda mais a militância petista.

Na última quarta-feira (16) ligações interceptadas pela Polícia Federal à Operação Lava Jato foram divulgadas. Em uma delas Dilma conversa com Lula que revelaria esquema para nomeá-lo ministro-chefe da Casa Civil. No dia seguinte a solenidade ocorreu, mas minutos depois liminar vinda do Judiciário carioca suspendeu a nomeação. Outra decisão reforçou a medida, mas caiu na mesma noite.

Nesta sexta-feira (18) a segunda decisão foi derrubada e Lula voltou a ser ministro por algumas horas porque logo depois um juiz do interior de São Paulo suspendeu novamente a ida do ex-presidente à pasta. O vai e vem somado à divulgação dos áudios provocou também manifestantes pró-impeachment que fazem ato desde quarta-feira.

Os outros estados que recebem protestos são Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Manaus (AM), Florianópolis (SC), Recife (PE), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Aracaju (SE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Belém (PA), Teresina (PI), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), São Luís (MA), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Macapá (AP) e Candeias (RO).

Até o momento houve confronto entre favoráveis e contrários à saída da petista somente em São Paulo onde o número de pessoas é o mais alto. Os organizadores estimam 250 mil, mas a Polícia Militar ainda não contabilizou oficialmente.