Funcionários reclamaram de ‘convocação’ para reunião com Rose

Após o flagra de uma reunião com funcionários da Sanesul, que reclamaram ao Jornal Midiamax da ‘convocação’ para o encontro, a vice-governadora Rose Modesto aparece em prints de suposta conversa de Whatsapp sobre o episódio. A assessoria nega que a candidata tucana seja autora das mensagens e diz que suspeita de montagem.

No Print da conversa Rose estaria reclamando com seu interlocutor da matéria do Jornal Midiamax. “Vocês vão acabar com minha campanha”, diz o texto, que alerta para os danos causados pelo flagrante. “Pq vão cair em cima de mim” (sic), pontua.

“Foi por isso que insisti que a reunião fosse só minha, sem vereador. Veja nosso contato no TRE (Tribunal Regional Eleitoral)”, diz a mensagem supostamente escrita pela candidata do PSDB.

Um dos coordenadores de campanha da tucana, Carlos Alberto Assis (PSDB), nega irregularidades. “Não fizemos nada de errado nesta reunião da Sanesul. É um local privado e fora do expediente dos funcionários, além de outro detalhe muito importante, todos que ali estavam, foram por livre e espontânea vontade. Essa história de alguns terem dito que foram obrigados a ir, não é verdade, isso é coisa de adversário que deve ter induzido essas falas”, respondeu o ex-secretário estadual. 

Por meio de sua assessoria, Rose disse que a conversa ‘é falsa, inverídica, criada, nitidamente para ofender a honra e denegrir a imagem da candidata e da coligação’, e promete adotar ‘as medidas judiciais cabíveis para apurar o autor do fato, bem como daqueles que divulgarem ou propalarem a mensagem inverídica’.

A reportagem também questionou sobre a reunião com servidores da Sanesul, se foram ou não convocados, e se ela foi convidada ou não. A tucana não comentou o assunto. Rose porém destacou, por meio de sua assessoria, as penas para quem divulgar o material que ela considera ‘criminoso’ que podem gerar multa de até R$ 50 mil e detenção de até 4 anos.

O candidato a vereador que participou do encontro, o também tucano João Cesar Matogrosso, também foi procurado pela reportagem, ele disse não saber quem marcou a reunião. “Não sei (quem organizou). Tava na minha agenda e eu fui lá”, revelou.  Ele também criticou o print que viralizou nas redes sociais. “Isso ai é montagem e jogo sujo que começaram a fazer”, frisou.

O diretor-presidente da Sanesul, Luiz Carlos da Rocha Lima, também foi procurado para comentar sobre a reunião com servidores. Segundo assessoria do órgão, ele está em viagem para o interior.

A reportagem também encaminhou solicitação para o TRE, já que no print a mensagem, que supostamente seria da candidata tucana, afirma que Rose ‘teria alguém’ no Tribunal. A assessoria da Corte informou que denúncia sobre o caso já está com o juiz eleitoral David de Oliveira Gomes Filho.  

Contudo o questionamento anônimo é sobre a exposição da tucana. Foi informado, ainda, que o presidente do Tribunal, Divoncir Schreiner Maran, não vai se pronunciar, pois não cabe fala dele neste caso.

Semelhanças

 Nas últimas eleições municipais, em 2012, o então governador André Puccinelli (PMDB) foi flagrado em uma reunião com servidores públicos discutindo voto dos funcionários para os candidatos apoiados por seu governo.

À exemplo da reunião com trabalhadores da Sanesul e também com funcionários do Sebrae, servidores descontentes com a tentativa de influência do Poder Executivo no pleito,  encaminharam ao Jornal Midiamax um vídeo da reunião, onde o peemedebista anotava voto e orientava eleitores.

Relembre o vídeo (AQUI)