Ele é réu no caso dos ‘cheques em branco’

O procurador-geral de Justiça, Humberto Brittes, se manifestou contrário ao retorno do vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), afastado do cargo desde agosto do ano passado. O representante do MPE (Ministério Público Estadual) mesmo que a Operação Coffee Break esteja em de conclusão, o pastor é réu em ação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrente da Operação Adna.

“Pois bem. Ainda que encerrada a instrução criminal nos autos do procedimento de investigação Nº 18/2015- GAECO, é público e notório que Gilmar Olarte é réu nos autos da ação penal Nº 1602581-24.2014.8.12.0000, sendo acusado pelo MPE da prática dos crimes de corrupção passiva (art. 317, caput, do Código Penal) em continuidade delitiva (art. 71 do CP) e lavagem de dinheiro (art.1º, caput, da Lei nº 9.613/98), este advindo do crime anterior”, diz nos autos.

Além disso, Brittes ressaltou que “de acordo com as diligências investigatórias, ficou demonstrada a existência de uma associação criminosa, quiçá organização” para a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

Isso tudo com oferta de “vantagens indevidas consistentes no pagamento de vultosas quantias em dinheiro e/ou nomeações e indicações em secretarias e cargos comissionados na Administração Pública Municipal, a caracterizar o crime de corrupção ativa”.

Por fim, o procurador-geral reforça que, segundo relatório confeccionado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foram localizadas conversas indicando que Olarte tinha acesso às informações sigilosas, notadamente sobre eventual pedido de prisão, “fato este corrobora com a manutenção de seu afastamento do cargo de Prefeito Municipal”.