Ele estaria morando em São Paulo
Proprietário da Itel Informática, João Roberto Baird, não mora mais em Campo Grande, conforme relatou oficial de Justiça nos autos da ação que pede condenação por improbidade administrativa ao empresário, bem como ao ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB) e mais três pessoas. De acordo com informações do processo ele se mudou para São Paulo e o novo domicílio não foi revelado.
O oficial informou que foi ao endereço fornecido à Justiça três vezes em horário diferentes, uma em 2 de fevereiro e outras duas em 12 do mesmo mês, todas sem sucesso. O intuito era intimá-lo sobre o processo e pedir que apresente defesa por escrito, como determinou o juiz Marcelo Ivo de Oliveira.
Sendo assim, o profissional do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) se dirigiu à própria Itel e o gerente o informou “que o intimado mudou-se para a cidade de São Paulo, mas que desconhece seu endereço atual”.
Além de Baird e Puccinelli, estão na lista de investigados pela força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, o ex-secretário de Estado de Fazenda Mario Sérgio Lorenzetto, o ex-adjunto da pasta André Luiz Cance, o ex-superintendente de Gestão da Informação Daniel Nantes Abuchaim, a Itel Informática. Isso porque, segundo os autos, a empresa embolsou mais de R$ 252.529,996 milhões do Executivo estadual com serviços terceirizados em sua maioria de forma irregular.
Entre os fatos apontados pela investigação, está a ligação de Baird com o Governo do Estado que nasceu na década de 1990 e se fortificou nas duas gestões de Puccinelli. Enquanto três companhias supostamente ligadas ao empresário, Itel Informática, Digitho Brasil Desenvolvimento de Software e Outsourcing e PSG Tecnologia Aplicada, abocanhavam contratos, o peemedebista e o PMDB conseguiam doações milionárias para financiar campanha eleitoral.
No Diário Oficial do MPE (Ministério Público Estadual) desta terça-feira (23), consta abertura de inquérito civil para apurar irregularidade na contratação da Digitho com a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) também com suposta terceirização irregular.