Projeto Câmara Comunitária leva políticos à periferia

A primeira parada do projeto Câmara Comunitária não foi receptiva aos vereadores da Capital. Nesta quarta-feira (16), o Bairro Serradinho, região oeste da Capital, foi o escolhido para uma caminhada dos parlamentares, que pretendem ouvir e ver de perto reclamações da população.

 “Isto daqui é uma palhaçada, mesma coisa que acontecia o ano passado, ele vem aqui falam, falam e não resolvem anda. Se fosse só parar tirar foto era melhor nem vir aqui”, disparou a zeladora Maria Amâncio, moradora do Jardim Nova , vizinho ao Serradinho.‘Isto aqui é uma palhaçada': moradores reclamam de vereadores nos bairros

Dos 29 vereadores, 14 marcaram presença no ponto de encontro, a Escola Municipal Sebastião Lima, no Serradinho. Uma ginástica dos parlamentares provocou risadas dos poucos moradores que estiveram no projeto.

Já a moradora do bairro, Zélia da Silva, zeladora, lembrou que os vereadores já estiveram em outra ocasião em uma sessão comunitária, mas nada mudou na região. “O bairro continua sem luz, falta cascalho em algumas ruas. Antes pelo menos o ponto de ônibus tinha cobertura, agora nem isso tem”, disparou.

“Eles só vem aqui fazer discurso, mas fica tudo do mesmo jeito”, alfinetou a dona de casa Luisa Pires de Almeida, também moradora do Serradinho.

Depois da ginástica laboral na escola, os vereadores caminham pelas ruas do bairro em direção a um Ceinf (Centro de Educação Infantil). Apesar das reclamações, o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), afirmou que a intenção do projeto é ouvir as reclamações.

“Precisamos estar presentes nos bairros, independente do momento político que passamos. Considero esse um de nossos principais deveres como parlamentares do município”, afirmou.

Uma comissão será montada para recolher as principais demandas apresentadas pela população durante a caminhada, e então os vereadores, de posse destas informações, farão suas indicações ao Executivo Municipal.

Segurança

A caminhada dos vereadores pelo bairro Serradinho e também no Nova Campo Grande contou com a presença de alguns seguranças à paisana, o que, para alguns, se mostrou desnecessário.

 “A polícia tem demandas mais importantes”, afirmou Carla Stephanini (PMDB), que disse desconhecer a presença de seguranças entre o séquito de assessores que acompanham os parlamentares. 

Participam da primeira edição do projeto no Serradinho os vereadores Saci, Chocolate, e Edson Shimabukuro, do PTB, Carla Stephanini e Vanderlei Cabeludo, do PMDB, João rocha (PSDB), Alex e Ayrton Araújo, do PT, Coringa e Chiquinho Telles, do PSD, Betinho e Gilmar da Cruz, do PRB, Carlão (PSB), e Roberto Durães (sem partido).