Presidente da empresa nega convocação

Funcionários da Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul) denunciaram ao Jornal Midiamax ‘convite' feito pela presidência da empresa para ouvir propostas de governo da vice-governadora Rose Modesto () candidata à Prefeitura de . Visivelmente entediados, pouco mais de 100 trabalhadores estiveram no hotel Grand Park após o expediente desta quarta-feira (24), tanto que muitos ainda estavam uniformizados.

João César Mattogrosso (PSDB), que tenta uma vaga na Câmara Municipal, discursou antes. O ‘santinho' dele estava pregado na maioria das roupas dos que estavam presentes. Logo depois, ao lado do secretário estadual de Infraestrutura Marcelo Miglioli e do diretor-presidente da Sanesul Luiz Carlos da Rocha Lima, Rose iniciou sua fala agradecendo repetidas vezes o convite feito pela empresa de Saneamento.

Ao final ela voltou a agradecer, porém questionada pela reportagem sobre o convite a reposta foi outra. “O que você estão fazendo aqui? Não houve convocação não”, disse em tom de brincadeira, mas logo se dirigindo a Luiz Carlos. Ele, por sua vez, negou que tenha convidado ou convocado qualquer pessoa e também refutou se tratar de empregados da Sanesul especificamente, embora os uniformes e crachás enfiados nos bolsos dissessem o contrário.

“Não sei como foi feito o convite. Não sei de onde são as pessoas”. Depois mudou de ideia. “Acho que convidamos alguns por telefone”, falou. No entanto, as denúncias recebidas afirmaram que todos foram chamados após o expediente e por meio de recado no papel.

Discurso – Rose teceu várias críticas indiretas ao prefeito Alcides Bernal (PP), dizendo que não se pode governar sozinho. “Mandato isolado nunca funcionou e não existe um salvador da pátria”. Ressaltou que todos naquela sala tinham o direito de avaliar os 15 candidatos à Prefeitura. “São livres para fazer suas escolhas”.

Destacou os feitos do governo do Estado, sem citar o governador Reinaldo Azambuja e prometeu, caso eleita, boa relação com a bancada federal, com os vereadores e empresas público-privadas. Voltou a criticar veladamente Bernal. “É um vexame diretores (da educação) serem exonerados depois de 20, 30 anos de carreira e ficarem sabendo pelo Diário Oficial”.

Por fim, pediu novamente que todos os concorrentes a prefeito sejam analisados, porém desta vez ressaltou não responder a processos, nem mesmo ser investigada. “Nunca fui denunciada em nada e nunca chegou intimação na minha casa”. Nesta hora a assessoria puxou palmas.