Ex-senador vai depor antes de Lula
O filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, reafirmou que o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido) o pressionou para que não houvesse delação premiada por parte de seu pai, preso na Operação Lava Jato. O político sul-mato-grossense será ouvido no próximo 15 de fevereiro, dois dias antes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No final do ano passado, essas mesmas afirmações levaram o ex-petista à prisão e à perda de mandato. Por meio de vídeo do Skype o depoente disse à Justiça Federal que o advogado Edson Ribeiro entregou R$ 50 mil a ele em nome de Delcídio justificando se tratar de ajuda à família.
O montante foi devolvido porque, na interpretação de Bernardo, o quantia seria para comprar o silêncio do pai que já estava preso. A procedência do dinheiro é desconhecida, mas a denúncia trabalha com a versão, com base na delação de Delcídio do Amaral, de que os recursos eram de José Carlos Bumlai, amigo de Lula. E assinala que a quebra de sigilo de Mauricio Bumlai mostra dois saques de R$ 25 mil dias antes.
Em 25 de novembro do ano passado então senador foi preso sob acusação de tentar obstruir a Lava Jato. O estopim foi justamente uma gravação entregue por Bernado às autoridades. Na conversa, o ex-senador promete à família Cerveró conversa com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar libertá-lo, e chega a falar em um plano de fuga para o exterior. (Com informações nacionais).
