Dilma Roussef foi afastada definitivamente nesta quarta

Mesmo antes de sair o resultado final do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), os quatro deputados estaduais petistas já não tinham esperança de reversão desse resultado. Apenas um dos parlamentares se dizia confiante até o último segundo.

“Pelo que tenho visto na televisão, não tenho mais esperança de reversão da aprovação do impeachment. É a confirmação do golpe e a comprovação de que os senadores pensaram neles e não na população. Em todo este processo foi notável que as ofertas de cargo foi feita para que a maioria dos parlamentares votassem a favor da saída de Dilma. Tudo isso é um afronta para a democracia do Brasil”, disse Pedro Kemp poucas horas antes do resultado, durante a sessão.

“O PT cai em pé e atirando”. Esta foi uma das primeiras falas de Amarildo Cruz, líder da bancada petistas da casa de leis. Segundo ele, será recorrido ao STJ. “Esta ação cabe recurso e com certeza vamos recorrer as entancais superiores como STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e ai quero ver se irão apoiar esta decisão sem criem alguém comprovado”.

Cabo Almi se mostrou sem esperança há meses já. “Desde que vimos as manifestações das rus se notava que seria difícil reverter esta situação. Mas é um golpe, e já estava tudo com cartas marcados. Hoje é um dia muito triste, para a democracia, para nós brasileiros e em especial para as mulheres. Um dia que ira entra na história de todo o país e mundo”.

“Não é impossível a reversão do quadro. Acredito até o último segundo. Dilma é guerreira e tem mostrado isso. De qualquer forma é uma situação lamentável para a população brasileira, um retrocesso dos avanços de 13 anos conquistados pelo PT”, disse João Grandão.

Impeachment

Por 61 a 20 , o plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (31) pelo impeachment de Dilma Rousseff. O resultado – comemorado com aplausos por aliados do presidente interino Michel Temer – foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado na última quinta-feira (25). Sem nenhuma abstenção. A posse de Temer ocorrerá ainda hoje.

Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Dilma Rousseff é a segunda a perder o mandato no mesmo tipo de processo.