Deputado enfrenta ‘mundo’ por Cunha, se diz preocupado, mas não recua

Para ele, mídia tornou presidente da Câmara em inimigo n° 1 do País

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Para ele, mídia tornou presidente da Câmara em inimigo n° 1 do País

O deputado federal Carlos Marun (PMDB) usou o Facebook para “desabafar” sobre a situação que enfrenta ao não apoiar a saída do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). Segundo a publicação, a mídia transformou o correligionário em inimigo número 1 do Brasil e, por isso, tem recebido ligações e mensagens de amigos que estão preocupados com ele. O parlamentar admite também ter preocupação.

“Tenho recebido muitos telefonemas e mensagens de amigos preocupados comigo e com meu futuro e agradeço a todos pela sincera preocupação. Também estou preocupado. No regime chavista para o qual nos encaminhamos, é muito arriscado defender que o homem que a mídia transformou em inimigo n°1 do País tenha o devido processo legal”, inicia a mensagem na rede social.

“Enfrentar o Governo, questionar a PRG (Procuradoria-Geral da República), duvidar publicamente do STF (Supremo Tribunal Federal) e ainda lutar para que a presidente seja deposta. Confesso que seria bem mais fácil fica na zona de conforto, fingindo que sou a favor do impeachment como fazem muitos”, concluiu.

Desde que o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Casa de Leis começaram a ser cogitado no Congresso, Marun se posicionou favorável à saída da petista. Ele também ficou ao lado de Cunha, pois alega que a forma com a qual estão tentando afastá-lo está incorreta.

Ontem, ele já havia criticado a imprensa nacional e a PGR, dizendo que o órgão abastece veículos de grande porte com manchetes contra correligionário. “Aí eu pergunto: não era o caso de a PGR ir até o final em pelo menos um destes assuntos e apresentar provas concretas se dua culpa, já que até agora isto não aconteceu, tanto que ele (Cunha) sequer está sendo processado?”, questionou.

Em seguida alegou não acreditar que a população seja tão ingenua e credita a veiculação de informações contra o presidente da Câmara para afastar o assunto ‘impeachment’ dos noticiários. “Eu repito o que sempre disse: não conheço o Cunha o suficiente para por a mão no fogo por ele e não a ponho. Todavia, também me recuso a participar deste jogo de cena que é hoje a grande ação daqueles que lutam contra o impeachment. Fora PT”, concluiu.

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