Convênio prevê R$ 50 mil para Hospital de Barretos, que corre risco de fechar

Valor representa 15% do custeio da unidade

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Valor representa 15% do custeio da unidade

Um dia após o Hospital do Câncer de Barretos anunciar o risco de fechamento das portas por problemas financeiros, o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) comunicou formalização de convênio com a entidade, que destina repasses na ordem de R$ 50 mil por mês. O valor representa 15% do custeio da unidade de saúde.

O anúncio do novo convênio foi feito durante inauguração da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Ana Maria do Couto, quando também afirmou implementação de novos leitos no Hospital do Pênfigo para atendimento via Sistema Único de Saúde, pelo qual serão repassados R$ 2,5 milhões por mês, também via convênio.

Conforme explicou o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, a parceria com Hospital do Câncer de Barretos visa “dar suporte financeiro a entidade, além de garantir, através do programa municipal Consulta Única, atendimento para mulheres com câncer de colo de útero e de mama”.

Já o convênio com o Hospital do Pênfigo, segundo o secretário, é para ampliação de leitos na cidade. “São 60 leitos clínicos e outros seis de UTI (Unidade Tratamento Intensivo). Isso engloba ressonância, tomografia e toda parte de diagnostico para realização de diversos procedimentos cirúrgicos”, garantiu.

De acordo com Ivandro, o objetivo “é a instalação de um Hospital Municipal, dentro da estrutura do Hospital do Pênfigo, que já existe”. Deste modo, todo espaço cedido pela entidade, através deste convênio, fará atendimento via SUS.

Os valores repassados pelo secretário não englobam contrapartida do Estado. “Solicitamos também, ao governo do Estado, que apresente proposta visando ampliação do atendimento da saúde, mas não posso afirmar valores até porque ainda não sinalizaram resposta”, completou Ivandro.

Na tarde de ontem, quinta-feira (30), a diretoria do Hospital de Barretos se reuniu com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, e apresentou um quadro deficitário que pode levar ao fechamento da unidade dentro de três meses.

A instituição pediu apoio dos parlamentares para celeridade no convênio com Estado e Município, R$ 60 mil cada, que poderia ajudar a diminuir o déficit mensal de R$ 350 mil. O restante do dinheiro seria buscado em ações de filantropia.

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