Força-tarefa aponta desvio de 317 milhões

Com bens bloqueados por suspeita de desvio de recurso público por meio do serviço de tapa-buracos, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PTB), disse que a fiscalização dos trabalhos executados nas vias da Capital era feita pela população, de acordo com decreto de junho de 2011. Além disso, para ele, tanto o MPE (Ministério Público Estadual) quanto o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, que deferiu a liminar, estão equivocados. 

“Essa é uma medida totalmente equivocada tanto de quem pediu para quem deu. Vou responder a todos os questionamentos que fizerem. O serviço de tapa-buracos sempre aconteceu. Em 2011, em junho, nós instituímos o decreto estabelecendo controle social do serviço. O morador tinha que assinar”, disse. O ex-chefe do Executivo disse que ainda não foi notificado.

Ele e mais 20 pessoas foram denunciados por licitações fraudadas feitas entre 2010 e 2012. Os contratos geraram dano de R$ 317 milhões ao erário até janeiro de 2015. O montante, de acordo com a investigação, é referente a 30 contratos administrativos celebrados para execução do serviço de asfalto, quando Nelsinho era prefeito pelo PMDB.

Ainda conforme a força-tarefa, João de Marco, Sylvio Cesco e João Parron, os dois últimos responsáveis pela fiscalização do serviço feito na Capital, se aproveitaram do âmbito da Seintrha) Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação) para enriquecerem ilicitamente.