Contração de cabos eleitorais está prevista para setembro

A campanha eleitoral teve início nesta terça-feira (16) e a candidata tucana Rose Modesto demonstrou que essa será uma de suas apostas na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. A primeira agenda, por exemplo, ocorreu um minuto depois da liberação, já com adesivagem de veículos da militância do PSDB. Ainda assim, a legenda garante que será uma campanha “pobre” por parte da candidata, com poucos cabos eleitorais, muitos voluntários e que toda estrutura que vem sendo montada é oriunda de recursos do fundo partidário.

De acordo com o ex-secretario estadual, Carlos Alberto Assis, um dos organizadores da campanha de Rose, tudo que acontecerá de hoje até o dia da eleição foi milimetricamente planejado. “Nós sabíamos que ia começar, todo mundo sabia, e quem não quis se preparar foi porque não quis. Nós antecipamos o registro dela, pegamos o CNPJ e estamos prontos para a rua”, afirmou.

Questionado sobre a questão da arrecadação e dos gastos, Carlos Alberto afirmou que tudo que está sendo gasto até então faz parte do fundo partidário, e que os trabalho estão sendo desenvolvidos por voluntários. A contratação de cabos eleitorais, segundo ele, só deve começar a partir do mês que vem.

“Tem candidato que só faz política em tempos de eleição e esquece que política se faz todos os dias. No PSDB, fazemos feijoadas, fazemos jantares, noite de massas, etc. Essa é a vida social do partido de onde se arrecada algum recurso”, explicou. Ainda segundo Carlos Assis, todos os envolvidos durante este primeiro momento de campanha da candidata Rose Modesto são voluntários.

A ideia do partido, conforme Assis, é iniciar a campanha com voluntários e iniciar contração de cabos em setembro. “Quando você tem militante, dá certo. A pessoa tem que gostar do partido, das ideias, dos projetos e viver o partido. Nós vamos começar esta campanha com militantes e levar até o dia que der com eles. A partir disso, provavelmente a partir de setembro, vamos iniciar contratação de cabos eleitorais. Vamos contratar cabos dos bairros, pois precisamos expandir esse trabalho pela cidade” disse. O número de possíveis contratações não foi divulgado.

Outra aposta seria utilizar programação financeira do partido e aproveitar cabos eleitorais contratados por vereadores para ajudar na campanha da Rose. “Não temos estimativa de cabos eleitorais ainda, eu até queria hoje ter mil ou mil e quinhentas pessoas na rua, mas não dá. Vamos fazer uma reunião com os candidatos a vereador, pois eles terão seus cabos eleitorais, e o que estamos combinando é que esses cabos eleitorais trabalhem pelo vereador e que trabalhem de graça para a Rose, pois não temos como pagar duas vezes. Da mesma forma, os cabos contratados por ela, serão destinados também aos vereadores. Vai ser uma campanha de compartilhamento, de divisão, de companheirismo”, completou.

Arrecadação

Sobre estratégia de arrecadação, Assis afirmou que o partido está tendo cuidado e que por início vão apostar na doação de militantes. “Agora que saiu o CNPJ, nós vamos mandar pedido de doações para todos os filiados do partido. Qualquer ajuda, pode ser R$ 10, R$ 20, R$ 30, R$ 50, R$ 20 mil, R$ 30 mil. Nós estamos consultando porque me falaram que até produtor rural que poderíamos ter acesso, ele é caracterizado para Justiça Eleitoral como pessoa jurídica, porque ele vende, ele produz. Enfim, então estamos com uma série de cuidados.

A internet será outra forma de arrecadação, mas isso ainda está sendo avaliado pelo setor jurídico do partido. “Nós vamos ver como arrecada pela internet. Depois de militantes, vamos estender pedido aos amigos e por fim abrir para quem queira nos ajudar”.

O ex-secretário frisou que todo gasto feito até então teve origem dos fundos partidários e que os demais gastos serão devidamente declarados à Justiça Eleitoral. Sobre aluguel de espaços, cadeiras, gastos com adesivos, etc, ele também garante que tem recorrido ao fundo. “Tudo contrato com o partido, pois não podemos correr riscos. O fundo partidário então é muito importante. Cabe no fundo partidário, então vamos fazer, se não cabe, não vamos fazer. Tenda, cadeiras, local, temos que ter, então tem que ter dinheiro para isso, agora contratação de cabos, infelizmente, num país com tantos desempregados, não vai ser por aí a solução, porque vejo campanhas pobres neste ano”.