Governador diz que intenção é coibir crimes eleitorais

Durante agenda para entrega de unidades habitacionais nesta terça-feira (27) em Dourados, distante 228 quilômetros de Campo Grande, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) acusou a ocorrência de compra de votos em Bonito, município em que seu partido disputa a prefeitura com o PR (Partido da República) e onde duas abordagens da Polícia Civil resultaram em confusões eleitorais nessa semana.

Conforme já noticiado pelo Jornal Midiamax, a irmã de Josmail Rodrigues (PR), candidato que disputa com Odilson Arruda Soares (PSDB), denunciou ao MPE (Ministério Público Estadual) ter sido obrigada a ficar nua durante abordagem sofrida por agentes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Em outra ocorrência, policiais civis sem identificação teriam abordado militantes do PR e apontado a arma para um homem que carregava uma bebê no colo.

Questionado pela reportagem nesta manhã, o governador de Mato Grosso do Sul primeiro afirmou não saber o que havia acontecido em Bonito, por estar em agenda no interior do Estado, motivo pelo qual iria inteirar-se dos acontecimentos para só depois responder. Segundos depois, contudo, acusou a ocorrência de compra de votos naquela localidade. “A Justiça Eleitoral pede para pôr Polícia Militar, Polícia Civil, para coibir compra de votos. E o que eu sei em Bonito é que estava tendo compra de votos por parte de algumas pessoas e que vão pagar com a responsabilidade que têm”, afirmou Azambuja.

Sobre o caso de Iguatemi, em que um policial civil teria apontado uma arma para o deputado federal Caros Marun e para o ex-governador André Puccinelli (ambos do PMDB) durante um comício de apoio ao candidato do PMDB à prefeitura, Dr. Carlinhos, o atual mandatário alegou ter sido um caso isolado. “Aquilo lá foi um caso isolado de um policial que estava em serviço. Foi aberto um procedimento disciplinar e todas as atitudes ele vai pagar com a sua responsabilidade, que aquilo foi um movimento pessoal do policial”, argumentou.

Reinaldo minimizou as declarações de Marun e Puccinelli sobre a necessidade da presença da PF (Polícia Federal) nas eleições de Iguatemi, Tacuru e Coronel Sapucaia. “A força federal já está aí, a Polícia Federal está nas aldeias, a Força Nacional está em alguns municípios e quem requisita a segurança para eleições é o Tribunal Regional Eleitoral e já foi requisitado por parte do presidente do tribunal as forças policiais. O que que nós temos que coibir, e isso cabe a todo mundo, é compra de votos. Tem que ser uma eleição limpa. Quem quiser ganhar tem que ganhar no convencimento não na estrutura financeira para querer fazer com que o eleitor possa direcionar para um lado sem ter com a sua liberdade a escolha de quem ele entende que é melhor”.